domingo, 26 de outubro de 2008

OS GUTSCHEIN DE DREIZEHNLINDEN





Fig. Gutschein (vale de pagamento) por ½ dia de trabalho prestado para a “Companhia Austríaca de Colonização no Exterior”, conforme indicação do reverso em língua alemã.
Dreizehnlinden foi o nome dado por Andreas Thaler à colônia austríaca fundada por ele no meio oeste catarinense em 31 de outubro de 1933 e que veio a dar origem ao nome da atual cidade de Treze Tílias, ou seja, Dreizehnlinden, em língua alemã. O nome provém do título do livro do poeta Friedrich Wilhelm Weber (1813-1894), editado em 1884, que enaltecia a “tília”, árvore comum na Áustria e que veio a se adaptar bem nas terras do oeste catarinense.
Em 1953, quando da criação do distrito naquela localidade, optou-se pela utilização do nome Papuan, que significa “capim”, na língua dos povos indígenas que habitavam a região, os Kaingangs.
Em 1963 o distrito de Papuan foi elevado a município, passando a se chamar Treze Tílias. Não encontramos, até o momento, referências seguras quanto à recusa pelas autoridades governamentais da época em nominar a cidade de Dreizehnlinden.
Andreas Thaler, antigo Ministro da Agricultura da Áustria e administrador da nova colônia, implementou os “gutschein”, ou seja, vales de pagamento à semelhança dos “notgeld” alemães, dinheiro de emergência largamente utilizados na Europa no período entre-guerras, frente à escassez de numerário ou mesmo por sua forte desvalorização. Estes vales tiveram circulação no âmbito da colônia e “eram principalmente utilizados pelo administrador para o pagamento dos serviços comunitários prestados pelos colonizadores na abertura de estradas, execução de pontes e outras edificações de interesse da administração”.[1] Estima-se que circularam durante o período de 1933 a 1939. Foram emitidos cinco valores correspondentes a quantidade de horas e dias de trabalho para a “Companhia Austríaca de Colonização no Exterior”, vejamos:

1. ½ hora de trabalho 105 mm x 64 mm azul
2. 1 hora de trabalho 110 mm x 69 mm lilás
3. ½ dia de trabalho 112 mm x 71 mm verde (chancela de Andreas Thaler)
4. 1 dia de trabalho 119 mm x 75 mm sépia (chancela de Andreas Thaler)
5. 5 dias de trabalho 131 mm x 81 mm azul (chancela de Andreas Thaler)

Os “gutschein” trazem no anverso, cenas do âmbito da agricultura e no reverso o valor e a indicação do responsável pela emissão: “Companhia Austríaca de Colonização no Exterior”, em língua alemã. Como vimos os três últimos valores apresentam a chancela do “Ministro”, Andreas Thaler.

Mais detalhes sobre este interessante assunto podem ser encontrados na matéria de autoria de Rubens Moser intitulada “Gutschein – O Dinheiro de Treze Tílias” publicada no Boletim da AFSC n°50 de agosto de 2003, p.1-6.
Veja também o livro intitulado Dreizehnlinden de Friedrich Wilhelm Weber e uma interessante Dissertação de Mestrado, de autoria de Ágatha Cristina Speck Mallmann, sobre as “Raízes históricas da colonização austríaca: um estudo sobre a educação de Treze Tílias (1928-1938)” .

[1] MOSER, Rubens. Gutschein – O Dinheiro de Treze Tílias. Florianópolis: Boletim da AFSC n°50, agosto, 2003, p.4.

Marcio R. Sandoval (sterlingnumismatic@hotmail.com)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

RIO DE JANEIRO NA ÉPOCA DA AVENIDA CENTRAL – GLÓRIA KOK - 2005


Rio de Janeiro na época da Avenida Central – Glória Kok – 2005.
Uma interessante obra disponível on-line sobre a antiga Avenida Central do Rio de Janeiro. No início do século XX o Rio de Janeiro passou por uma grande reforma urbana que modificou radicalmente o panorama da cidade. A Avenida Central foi inaugurada em 15 de novembro de 1905 e em 12 de fevereiro de 1912 passou a se chamar Avenida Rio Branco em homenagem a José Maria da Silva Paranhos, o Barão do Rio Branco, chanceler (Ministro das Relações Exteriores) falecido dias antes. A avenida teria então 33 metros de largura e 1800 metros de extensão (iniciava-se no porto ainda em construção). Foram construídos ao longo do seu eixo diversos prédios que falam de perto à memória nacional, como o Teatro Municipal, a Biblioteca Nacional, o Museu de Belas Artes, a Companhia Docas de Santos e o edifício da extinta Caixa de Amortização e outros que lamentavelmente foram destruídos como o Palácio Monroe que será objeto de futuros comentários.

Postal da Avenida Rio Branco, s/d, ao lado esquerdo é possível identificar o antigo prédio da Caixa de Amortização, hoje pertencente ao Banco Central.
Seguem as informações para a localização da cópia digital do livro, disponível on-line.

5. KOK, Glória. Rio de Janeiro na época da Avenida Central. São Paulo: Bei Comunicação, 2005.

sábado, 11 de outubro de 2008

NUMISMÁTICA – HIPERINFLAÇÃO

A CÉDULA DE DENOMINAÇÃO MAIS ALTA JÁ EMITIDA – 100 milhões de “B. Pengö” da Hungria – 1946.


                                                                                            © 2008 Marcio Rovere Sandoval

Fig.1 – Cédula da Hungria de 1946 no valor de 100.000.000 “B.Pengö” (P.136). Se fossem colocados os números teríamos o 1 seguido de 20 zeros. Veja sobre o assunto as escalas curta e longa.

Em 1946, logo após a 2ª Guerra Mundial, a Hungria enfrentou uma hiperinflação que a levou a emitir a cédula de maior denominação da história, no valor de 100.000.000 “B.Pengö” (100 milhões de “B. Pengö” – Pick n°136), ou seja, 100.000.000.000.000.000.000 de pengö (cem quintilhões[1]), eis que o “B. Pengö” equivalia a um trilhão, que na prática nada ou quase nada valia (cerca de 20 centavos americanos na época). Esta cédula foi emitida pelo Banco Nacional da Hungria e apresenta a data de 3.6.1946. A estampa foi reaproveitada, sendo similar a de duas outras cédulas emitidas anteriormente (Pick n° 124 e 130). No anverso temos um medalhão com uma figura de mulher e no reverso o prédio do Parlamento húngaro. Interessante notar que a cédula não apresenta numeração, impedindo sua individualização.
Nesta mesma época a Hungria imprimiu outra cédula com denominação ainda maior, ou seja, 1.000.000.000.000.000.000.000 pengö (1 trilhão de “B.Pengö” ou um sextilhão de pengö) Pick. n°137 , mas não chegou a emiti-la.

Fig.2 – Cédula da Hungria de 1946 (não chegou a ser emitida) no valor de 1 trilhão de “B.Pengö” (P.137). Se fossem colocados os números teríamos o 1 seguido de 21 zeros.

Estas cédulas vieram a superar as cédulas da Alemanha emitidas durante o período de hiperinflação que se seguiu a 1ª Guerra Mundial. A Alemanha emitiu em 1923 e 1924, cédulas de 100 trilhões de marcos, ou 100.000.000.000.000 (Pick n°128 e 140), um número pequeno se comparado com o da Hungria. A antiga Iugoslávia antes do seu desmantelamento emitiu uma cédula de 500.000.000.000 de dinares (500 bilhões) e o Zimbábue recentemente emitiu uma cédula de 100.000.000.000.000 de dólares (100 trilhões) com “prazo de validade” até janeiro de 2009...
Esta cédula emitida pelo Zimbábue em 2008 (P.91) é equivalente às cédulas alémas do período de hiperinflação enumeradas acima (P.128 e 140).

Matérias relacionadas:

- Numismática– Galeria Virtual II - Hiperinflação

[1] Escala curta. No sistema europeu esta cifra equivale a cem trilhões.

Autor: Marcio R. Sandoval (sterlingnumismatic@hotmail.com), outubro 2008.

© 2008 Marcio Rovere Sandoval

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A EXPEDIÇÃO DE LA PÉROUSE E SUA PASSAGEM PELA ILHA DE SANTA CATARINA EM 1785.


                                                                                            © 2008 Marcio Rovere Sandoval

A Ilha de Santa Catarina foi palco de passagem de diversos viajantes estrangeiros durante os séculos XVIII e XIX. Assim é que o Conde de La Pérouse (Almirante Jean François de Galaup) aportou na Ilha de Santa Catarina em 25 de outubro de 1785, oportunidade que redigiu interessante narrativa sobre a Ilha, que viria a ser publicada anos depois (1797), com os demais apontamentos sobre os locais por onde passou. Referida publicação levou o seguinte título: “Voyage De La Pérouse Autour du Monde”, edição esta redigia por M.L.A Milet-Mureau. Vejamos parte destas observações, que nos parece mais interessante: “A Ilha de Santa Catarina se estende desde 27 graus 19’10” de latitude do sul até 27 graus 49’; sua largura de leste a oeste não é mais que de 2 léguas; está separada do continente, em sua parte mais estreita, por um canal de 200 toesas. É no fim desta barra que está a vila de “Nostra-Senõra-del-Desterro”, capital desta capitania, onde o Governador tem sua residência; a vila contém no máximo 3 mil almas e aproximadamente 400 casas; seu aspecto é bem agradável. Segundo a narrativa de Frézier, esta ilha servia, em 1712, de refúgio aos vagabundos que fugiam de diferentes partes do Brasil; só estavam sujeitos a Portugal nominalmente e não reconheciam autoridade alguma. A região é tão fértil, que podiam se subsistir sem auxílio algum das colônias vizinhas; estavam tão faltos de dinheiro que não podiam tentar a cobiça do governador geral do Brasil, nem lhe inspirar o desejo de submetê-los. Os navios que lá fundeavam não lhes davam mais do que roupas e camisas de que tinham absoluta carência, em troca de provisões. Somente em 1740 a corte de Lisboa estabeleceu um Governo regular na Ilha de Santa Catarina e terras adjacentes do continente. Este Governo se estende por 60 léguas de norte a sul, desde o rio São Francisco até o Rio Grande; sua população é de 20.000 almas. Notei nas famílias um grande número de crianças, que acredito ser em breve de número mais considerável. O solo é extremamente fértil e produz toda a sorte de frutos, legumes e cereais: esta coberto de árvores sempre verdes, mas são de tal forma entrelaçadas de espinhos e lianas, que não é possível atravessar estas florestas sem abrir uma vereda a machado; tem-se ainda a temer as serpentes, cuja picada é mortal. As habitações, tanto na ilha como no continente, estão todas à beira do mar: os bosques que as cercam têm um aroma delicioso, devido à grande quantidade de laranjeiras, árvores e arbustos aromáticos de que estão cheios. Apesar de tantas vantagens, a região é muito pobre e tem falta absoluta de objetos manufaturados; de modo que os camponeses se encontram quase nus ou cobertos de andrajos: suas terras, que seriam muito próprias para o cultivo de cana-de-açúcar não podem ser aproveitadas por falta de escravos, pois não são suficientemente ricos para comprá-los. A pesca da baleia é muito abundante: mas é uma propriedade da Coroa, arrendada a um companhia de Lisboa: esta companhia tem, nesta costa, três grandes estabelecimentos nos quais se pescam cada ano cerca de 400 baleias, cujo produto, tanto em azeite como em “sperma-céti”, é enviado para Lisboa pelo Rio de Janeiro. Os habitantes não passam de meros espectadores desta pesca, que não lhes traz nenhum proveito. Se o governo não vier em seu auxílio, e não lhes der outras isenções ou incentivos que possa, ali incentivar o comércio, uma das mais belas regiões da terra definhará eternamente, o que não será de nenhuma utilidade à metrópole. (...) Parece-me que a nossa chegada lançara grande terror sobre a povoação; os diferentes fortes deram vários tiros de canhão em sinal de alarme; pelo que determinei fundear logo e enviar uma canoa à terra com um oficial, para fazer conhecer as nossas intenções bastante pacíficas e a nossa necessidade de água, lenha e alguns refrescos. M. de Pierrevert, encarregado desta negociação, encontrou a pequena guarnição da vila em armas; consistia em 40 soldados, comandados por um capitão, o qual despachou em seguida um mensageiro para a vila ao governador, Dom Francisco de Barros, brigadeiro de infantaria. Ele tinha conhecimento de nossa expedição pela gazeta de Lisboa; e uma medalha de bronze que lhe enviei, tirou-lhe qualquer dúvida sobre o objetivo de nossa estadia. (...) Dei preferência à Ilha de Santa Catarina sobre o Rio de Janeiro, para evitar as formalidades das grandes cidades, que ocasionam sempre uma perda de tempo; mas a experiência ensinou-me que esta parada reunia muitas outras vantagens. Víveres de todas as espécies haviam na maior abundância, um boi grande custava 8 piastras; um porco pesando 150 libras custava 4; tinha-se 2 perus por uma piastra; bastava unicamente lançar a linha para retirá-la cheia de peixes; levavam para bordo e nos vendiam 500 laranjas por menos de meia piastra e os legumes eram também de preço moderado. (...) O fato seguinte dará uma idéia da hospitalidade deste bom povo. Minha canoa tinha sido emborcada por um onda, numa enseada, onde tinha ido cortar madeira; as pessoas da redondeza ajudaram a salvá-la das ondas, fazendo questão que nossos homens naufragados se metessem em seus leitos, deitando-se sobre esteiras no chão, no meio do quarto onde se esmeravam em hospitalidades. Poucos dias após, levaram a bordo do navio as velas, os mastros, a ancoreta e a bandeira da canoa, objetos muito preciosos para eles e que seriam de grande utilidade em suas pirogas. Seus costumes são delicados; eles são bons, polidos, serviçais, mas supersticiosos e ciumentos de sus mulheres, as quais jamais aparecem em público.[1]
A história do explorador é deveras mui interessante, partiu La Pérouse do porto francês de Brest, sob os auspícios de Luís XVI, com o objetivo de atingir o “Grande Mar do Sul”, como era então designado o Oceano Pacífico. Aquela região havia sido descoberta pelo conquistador espanhol Vasco Nuñes Balboa em 1513 após ter atravessado o istmo da América Central, mas depois de quase três séculos a região ainda era pouco conhecida. O Capitão inglês James Cook estivera lá entre os anos de 1768 e 1779 colocando a Grã-Bretanha em posição privilegia no domínio dos mares. A missão de La Pérouse “era completar as descobertas de Cook nas Ilhas Sandwich, e Georgia; explorar as costas da Nova Zelândia, Austrália e Nova Guiné; explorar o Kamtchatka, a Ilha de Yezo e investigar a possibilidade da existência de uma passagem marítima entre o Atlântico e o Pacífico ao longo da costa norte-americana, um problema que instigava a todos os navegadores da época.”.
[2] Para atingir seus objetivos, e “descobrir todas as terras que tivessem escapado à atenção do Capitão Cook”., zarpou a bordo de duas fragatas a “Astrolabe” (Astrolábio) e a “La Boussole” (A Bússola) em 1º de agosto de 1785. Tratava-se de um navegador inveterado com diversas campanhas a serviço de seu país e no auge de sua carreira naval, contava então com 44 anos. Os navios levavam grande quantidade de provisões, inclusive material de troca para com os nativos: “600 espelhos, 2.600 pentes, 600 kg de contas de vidro e 50.000 agulhas de coser.”.[3] Os quatrocentos lugares disponíveis nos navios foram disputados um a um e entre os candidatos estava o “segundo-tenente da Academia Militar de Paris” de apenas 16 anos; seu nome era Napoleão Bonaparte e que por ironia do destino não foi escolhido...Os navios fizeram várias escalas no seu caminho pelo Atlântico, entre elas, a Ilha da Madeira, as Ilhas Canárias e a Ilha de Santa Catarina. Encontramos em um mapa que traz o traçado da expedição, referência à Ilha de Martin Vaz (conjunto de rochedos solitários e sem água potável situado a mais de mil quilômetros da costa do Espirito Santo e a 60 quilômetros da também brasileira Ilha da Trindade, sendo certamente o ponto mais remoto e isolado do território brasileiro), contudo não foi possível confirmar a informação. O fato é que a passagem do explorador inglês James Cook pela Ilha da Trindade em maio de 1775 foi registrada. Após a breve passagem pelo Brasil, como restou registrado no relato sobre Santa Catarina, dobraram o Cabo Horn no extremo sul do continente e entraram no Pacífico, passando por Valparaíso no Chile e pela Ilha de Páscoa, após foram ao Havaí, descobertas anos antes pelo Capitão Cook, local onde fora morto pelos nativos. Seguindo sua programação rumaram para o litoral norte-americano para um levantamento da costa chegando até a Califórnia. Daquele ponto rumaram para o oeste do Pacífico atingindo Macau em 3 de janeiro de 1787, dali seguiram cartografando através de Taiwan, Coréia, Japão, as Ilhas Sacalinas e a península de Kamchatka, ambas na Rússia, onde La Pérouse fez desembarcar um oficial que falava a língua russa – De Lesseps, com a missão de atravessar a Sibéria e levar à Europa os relatos da viagem até aquele ponto, motivo que determinou a existência do texto reproduzido acima sobre a Ilha de Santa Catarina e demais informações sobre os locais explorados, evitando que se perdessem. Seguiram viagem em latitudes meridionais sendo que foram atacados pelos nativos em Tutuila (hoje Samoa Americana – território externo do Estados Unidos) dirigindo-se para a costa leste da Austrália, onde encontraram uma esquadra britânica, a primeira a levar colonos, “750 condenados britânicos – homens, mulheres e crianças[4], que foram os fundadores da primeira colônia na Austrália, deixando com os ingleses mais relatórios sobre a viagem. Em 10 de março de 1788 os navios deixaram a Austrália, rumando a noroeste e não mais foram vistos. A França enviou uma expedição de busca em 1791 que zarpou do mesmo porto de Brest sob o comando de D’Entrecasteaux que veio a realizar numerosas descobertas científicas. A missão chegou a ilha de Vanikoro, uma das ilhas de Santa Cruz (hoje fazem parte das Ilhas Salomão) e mesmo notando a presença de fumaça em meio a vegetação (supostos sinais de náufragos) teve que escapar dos recifes e foi forçada a partir sem averiguar a procedência daqueles supostos sinais. Esta expedição teve um fim trágico, o Almirante adoeceu e morreu e os navios foram capturados pelos holandeses na Ilha de Java (hoje parte da Indonésia), haja vista a guerra existente entre os dois países e não mais se falou no assunto até 1828 quando Dumond d’Urville encontrou os destroços dos navios, em Vanikoro, levando-os para a França (Museu Naval de Paris).O achado deu-se através da ajuda dos nativos que mostraram um canal por entre os recifes ao qual chamavam a ‘Passagem Falsa’, ou ‘dos Naufrágios’. O navio de La Pérouse, La Bussole, navegou em direção a um ancoradouro que julgava ser seguro mas naufragou nos recifes de corais, seguido do L’Astrolabe. Foram encontradas várias peças dos navios atestando sem dúvida que tratava-se dos dois navios franceses da expedição. Não se sabe se La Pérouse sobreviveu ao naufrágio ou foi trucidado com sua tripulação pelos nativos. Foram lançados diversos selos em homenagem a expedição de La Pérouse, com reprodução das fragatas e destacamos o selo de 1988 (36 francos) da Nova Caledônia – Colônia Francesa no Pacífico, em comemoração do “Bicentenário do Desaparecimento da Expedição”.




Referências Bibliográficas:

AS ILHAS e a fantasia. Os Caminhas da Terra. Ano 5, nº 12, ed. 56, dezembro 1996, p. 34-53.
ILHA de Santa Catarina. Relato de Viajantes Estrangeiros nos Séculos XVIII e XIX. Florianópolis: Editora da UFSC, 1996, 4ª Edição, 236p.
ILHA de Trindade um Brasil Longe Daqui. Os Caminhas da Terra. Ano 4, nº 1, ed. 33, janeiro 1995, p. 28-41.
NAVEGADORES exploradores em Santa Catarina. De 1525 a 1839, Retratados em Selos. Roberto Wildner. Editora da UFSC, 1982, 42p.
OS GRANDES Mistérios do Passado. Reader’s Digest – Livros, 1996, 448 p.

Nossos agradecimentos a Roberto Wildner por ter cedido as ilustrações.

[1] Ilha de Santa Catarina. Relato de Viajantes Estrangeiros nos Séculos XVIII e XIX. Florianópolis: Editora da UFSC, 1996, 4ª edição, p.113/116.[2] Ilha de Santa Catarina. Relato de Viagens Estrangeiros nos Séculos XVIII e XIX. Florianópolis: Editora da UFSC, 4ª edição, 1996, p.112[3] Os Grandes Mistério do Passado. Reader´s Digest, Livros, 1996, p.13[4] Idem, p.15


Autor: Marcio R. Sandoval (sterlingnumismatic@hotmail.com)  agosto/2000
Esta matéria foi publicada originalmente no Boletim da AFSC - Associação Filatélica e Numismática de Santa Catarina, n° 47, agosto de 2000, p.17-21.
© 2008 Marcio Rovere Sandoval




Abaixo temos os endereços para a localização da obra “Voyage De La Pérouse Autour du Monde” de M.L.A Milet-Mureau.
(V.I) e (V.II)