domingo, 30 de novembro de 2008

HOLANDESES NO BRASIL – FRANCISCO ADOLPHO DE VARNHAGEN


HOLANDESES NO BRASIL
« Guerra distante, desajudada dos repeitos, estorvada do tempo… contra nação famosa, capitães destros, ministros prudentes e efeitos ricos… não sei eu que nos arquivos da lembrança humana haja outra com semelhante felicidade conseguida. »
D.Franc. Man. De Mello.
(in, Historia das lutas com os holandeses no Brasil desde 1624 a 1654. Viena, 1871, p.III)

Historia das lutas com os holandeses no Brasil desde 1624 a 1654. Viena, 1871, por Francisco Adolpho de Varnhagen (1816 – 1878), Visconde de Porto Seguro. Acima ilustração do litoral brasileiro e das denominadas moedas obsidionais holandesas (III, VI e XII florins de 1645/46 e XII soldos de 1654), constantes neste mesmo livro. A obra de Varnhagen referente aos holandeses no Brasil também encontra-se na sua História Geral do Brasil publicada anteriormente em 1854. A História Geral de Varnhagen, com notas de Rodolfo Garcia (4ª edição do 1° Volume) é considerada a melhor obra brasileira sobre os holandeses no Brasil, melhor até que a obra especializada indicada acima.
Abaixo temos os endereços para a localização das obras de Varnhagen disponíveis on-line e do Manual de Estudos Brasileiros que traz comentários sobre sua obra e de outros autores do período holandês.

I - História Geral do Brazil por Francisco Adolpho de Varnhagen Tomo I 1854.

II - História Geral do Brazil por Francisco Adolpho de Varnhagen Tomo II 1857.

Historia das lutas com os holandeses no Brasil desde 1624 a 1654. 1871

Manual de Estudos Brasileiros – V.I e II.

Obs. : O Manual de Estudos Brasileiros indica a obra do alemão Hermman Wätjen, « O Domínio Colonial Holandês no Brasil », editado pela primeira vez em 1921, como o melhor estudo sobre o assunto. A 2ª edição (1ª edição em português) foi lançada pela Companhia Editora Nacional em 1938. A 3ª edição deste livro saiu em 2004, publicado pela Companhia Editora de Pernambuco, na ocasião da comemoração dos 350 anos da Restauração Pernambucana.

domingo, 16 de novembro de 2008

NUMISMÁTICA - F.DOS SANTOS TRIGUEIROS


F.DOS SANTOS TRIGUEIROS



Em 1966 por ocasião do primeiro aniversário do Banco Central do Brasil foi lançado o livro Dinheiro no Brasil, de F. dos Santos Trigueiros, que trazia na capa a ilustração do antigo prédio da Caixa de Amortização que atualmente abriga o Departamento do Meio Circulante do Banco Central no Rio de Janeiro. O livro teve uma reedição em 1987, trata-se de uma das poucas obras que se ocupam das cédulas brasileiras e é de singular importância para aqueles que queiram conhecer o assunto.
F. dos Santos Trigueiros foi alto funcionário do Banco do Brasil, economista e museólogo, participou dos trabalhos de organização e instalação do Museu do Banco do Brasil e do Museu d
e Valores do Banco Central do Brasil.
Em 1972 organizou a Iconografia do Meio Circulante, obra magnífica sem similar até os dias de hoje, que traz ilustrações da Coleção do Museu de Valores do Banco Central bem como do Museu do Banco do Brasil.
Trigueiros, também participou da elaboração do livro "Cédulas Brasileiras da República – Emissões do Tesouro Nacional" publicado pelo Banco do Brasil em 1965.
Segue a relação de suas obras:

- O Museu, Órgão de Documentação. Rio de Janeiro: Revista do Serviço Público, p.91/94, 1952.
-
Aspectos da Arte na Bahia. Rio de Janeiro: Edição particular, 1953.
-
O Museu, Órgão de Documentação. Rio de Janeiro : Cadernos AABB, 1955.
-
Museus, Sua Importância na Educação do Povo. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti Editores, 1956.
-
Conceito de Iconografia. Rio de Janeiro: 1954.
-
Exposição de Ex-Libris. Rio de Janeiro: Associação Atlética Banco do Brasil, 1955.
-
Economia Política Pequena Bibliografia. Rio de Janeiro: Cadernos AABB, 1957.
- Les Musées des Banques en Amérique. Paris: Revista Museum, Vol. X n° 4, p.268 a 272, UNESCO, 1957.
-
Museu e Educação.
(Título da 2ª edição de Museus) Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti Editores, 1958.
- Exposição de Moedas Espanholas. Rio de Janeiro: Museu do Banco do Brasil, 1958.
-
Moedas e Cédulas. Classificação, Conservação e Seleção. Rio de Janeiro: Banco do Brasil S.A. Museu e Arquivo Histórico, 1964.
- Dinheiro no Brasil. Rio de Janeiro: Reper Editora e Publicidade, 1966.
- Papel Moeda. (Exposição durante reunião do FMI) Rio de Janeiro: Banco Central do Brasil, 1967.
- Dinheiro no Brasil (Síntese histórica). Para a exposição organizada pela Caixa Econômica Federal e Banco Central do Brasil, 1970.
- Iconografia do Meio Circulante. Vol.8 das publicações oficiais do Sesquicentenáiro da Independência, Gerência do Meio Circulante – Banco Central do Brasil, 1972.
-
Dinheiro no Museu. Rio de Janeiro: Editora Expressão e Cultura, 1972.
- Cédulas do Brasil. Catálago da Exposição organizada pelo Museu de Arte da São Paulo e o Museu de Valores do Banco Central do Brasil, de 12 de novembro a 7 de dezembro de 1975, Banco Central do Brasil, 1975.
- Dinheiro no Brasil. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial Ltda., 2ª edição, 1987.

Em colaboração :

- Recursos Educativos dos Museus Brasileiros. Rio de Janeiro: INEP – ONICOM, 1958.
- Cédulas Brasilerias da República. Emissões do Tesouro Nacional. Rio de Janeiro: Banco do Brasil S.A. Museu e Arquivo Histórico, 1965.
-
Um Estudo sobre Eqüivalência entre a Percepção Visual e a Percepção Táctil. (Experiência realizada com os cegos no Museu do Índio, em agosto de 1968) Rio de Janeiro: Edição particular, 1968.
- Enciclopédias Delta Larousse e Mirador (verbetes Dinheiro e Papel-moeda)

domingo, 2 de novembro de 2008

BANCO MERCANTIL DE SANTOS



BANCO MERCANTIL DE SANTOS
                            © 2008 Marcio Rovere Sandoval

Encontramos interessante informe publicitário sobre o Banco Mercantil de Santos no "Almanach Litterario de São Paulo, para o anno de 1885", publicação de José Maria Lisboa em seu "8º anno" (p. 124). Referida publicidade indica que aquele banco possuía além da matriz em Santos, agência em São Paulo, na "Travessa do Collégio" e que emitia saques contra o "English Bank of Rio de Janeiro Limited", e em Paris contra o A. & M. Heire, em Hamburgo contra o J. Berenberg, Grossler & Cª, em Portugal contra o Banco Lusitano e suas dependências, no Brasil contra sua caixa matriz e agências - Santos, Campinas e Rio de Janeiro. O banco ainda recebia dinheiro em conta corrente e por "lettras" pagáveis em São Paulo, Santos, Campinas e Rio de Janeiro. Menciona, ainda, os nomes do agentes: "A.F. Quiques e E. Steidel". (Fig. 1) .
O Banco Mercantil de Santos foi aprovado pelo Decreto n° 5.017 de 17 de julho de 1872 com um capital de 4.000.000$000 (quatro contos de réis) dividido em 20.000 ações de 200$000 (duzentos mil réis) cada. O banco foi instalado em 1° de outubro de 1872. A sede em Santos era situada na Rua Frei Gaspar n°1, em edifício próprio.
Inicialmente, teve a autorização para emitir bilhetes nos valores de 10$000 (Lissa n°453), 20$000 (Lissa n°454), 50$000 (Lissa n°455), 100$000 (Lissa n°456), 200$000 (Lissa n°457) e 500$000 réis (Lissa n°458), os dois primeiros foram impressos pela ABNCo. - American Bank Note Company e os demais pela W&S ltd. - Waterlow & Sons Limited de Londres, nos termos da Lei nº 3.403, de 24 de novembro de 1888, alterada pelo Decreto nº 253, de 8 de março de 1890, “conforme superimpressão nos anversos dos bilhetes”
[1].
Os bilhetes do banco são semelhantes a outras emissões do período (Bancos Privados), apresentando diferenças apenas no nome do banco.
O banco não conseguiu colocar o que viria a ser sua emissão em circulação dentro dos prazos estabelecidos e teria atuado até o ano de 1903.


Fig. 2 - "Navio em alto mar" , detalhe da cédula de 500$000 réis do Banco Mercantil de Santos, impressa pela Waterlow & Sons Limited de Londres, cerca de 1890.
Márcio Sandoval

Esta matéria foi publicado originalmente no Sete – Selo e Arte, Órgão de Divulgação da AFSC, 07 de abril de 2000, ano VII, n° XXXVI, p.1. (Tiragem 400 exemplares).[1] Lissa, Violo Idolo. Catálogo do papel-moeda do Brasil, 1771-1986, Emissões oficiais, bancárias e regionais. Brasília: Ed. Gráfica Brasiliana Ltda., 3ª edição, 1987, p.157.
Obs.: Um exemplar das ações do banco pode ser visualizado no site Novo Milénio.

Autor: Marcio R. Sandoval (sterlingnumismatic@hotmail.com)

© 2008 Marcio Rovere Sandoval