sábado, 9 de abril de 2011

ZIMBÁBUE (ZIMBABWE)


                                                                                   © 2011 Marcio Rovere Sandoval

Um pouco da história e das cédulas do Zimbábue
A região do atual Zimbábue abrigou no Séc. XV o Império de Monomotapa, cuja capital era a cidade de Zimbábue. Sua riqueza vinha da exploração do ouro.
No Séc. XIX (1885-1886) Cecil Rhodes, por conta da Grã-Bretanha, ocupou a região, que em 1895 passou a se chamar Rodésia (atuais Zimbábue e Zâmbia).
Em 1911 a Rodésia foi dividida em Rodésia do Norte (atual Zâmbia) e Rodésia do Sul (futuro Zimbábue).
A 2ª Guerra Mundial provocou uma expansão econômica rápida e a chegada de numerosos imigrantes brancos.


Fig. 1 – Reverso da cédula de 1 libra da Rodésia do Sul (Southern Rhodesia) P.13a (1952), no centro as ruínas de Zimbábue, cujo nome acabou por ser adotado para designar o próprio país quando este se tornou independente em 1980. (clique na imagem para ampliar)

Entre os anos de 1953 e 1963 uma federação une a Niassalândia (Nyassaland – atual Malaui) e as duas Rodésias.


Fig. 2 – Reverso da cédula de 1 libra da Federação da Rodésia e Niassalândia (Rodhesia & Nyasaland) P.21a (1959), no centro as ruínas de Zimbábue, semelhante a anterior. (clique na imagem para ampliar)

A independência (1965-1978): O Primeiro Ministro Iam Smith, chefe da minoria branca, proclamou unilateralmente a independência (1965) da Rodésia do Sul; depois de 1970 é instaurada a República da Rodésia. O novo Estado adota o modelo da África do Sul, o apartheid (política de segregação racial). A partir de 1972, em oposição ao apartheid, surge uma guerrilha apoiada pelo Moçambique. Em 1979 um Governo multirracial foi constituído.


Fig. 3 – Reverso da cédula de 10 dólares da Rodésia (Rodhesia) P.33b (1975), no centro as ruínas Zimbábue, semelhante a anterior. Na filigrana ou marca d'água desta cédula temos a efígie de Cecil Rhodes. (clique na imagem para ampliar)

Em 1980, o país se torna independente, passando a se chamar Zimbábue (Zimbabwe), e é eleito, por eleições reconhecidas pela comunidade internacional, o chefe radical do movimento nacionalista, Robert Mugabe.
A independência do Zimbábue deu origem a um êxodo da comunidade branca, que, no entanto, continuou a controlar o essencial da riqueza do país.
Com esta partida em massa dos brancos houve uma desorganização do país, eis que eles ocupavam a maioria dos postos administrativos.
A partir do ano 2000 foi feita uma reforma agrária, as terras foram confiscadas da maioria dos fazendeiros brancos (cerca de 4500) e oferecidas a pessoas próximas do regime, sem nenhum conhecimento em agricultura. As fazendas se tornaram improdutivas.
O Zimbábue que era considerado o celeiro da África passou a depender de importações ou mesmo de ajuda alimentar externa. Segundo recentes pesquisas das Nações Unidas para o desenvolvimento, o país é um dos poucos lugares no mundo onde se vive pior hoje do que nos anos 70.
O presidente inicialmente eleito, se perpetuou no poder.
O país viveu uma escalada inflacionária, culminando pela emissão da cédula de 100.000.000.000.000 (100 trilhões de dólares – P.91) em 2008. Uma nova série (4ª) de cédulas foi emitida em 2009, nos valores de $1 (P.92), $5 (P.93), $10 (P.94), $20 (P.95), $50 (P.96), $100 (P.97) e $500 (P.98) dólares, no entanto, esta medida não foi suficiente para impedir a substituição da moeda por divisas estrangeiras, o rand sul-africano e o dólar americano. A taxa de desemprego é uma das mais altas do mundo.


Fig. 4 – Reverso da cédula de 10 dólares do Zimbábue (Zimbabwe) P.94 (2009), no centro as ruínas de Zimbábue, semelhante a anterior. (clique na imagem para ampliar)

Alguns dados do Zimbábue:
Zimbábue (antiga Rodésia)
Localização: sul da áfrica
Presidente: Robert Mugabe – 86 anos (mais de 30 anos de ditadura)
Capital: Harare (antiga Salisbury)
Área: 390.580 km2
População: 11 851 858 hab. (2010)
Língua: Inglês, shona e sindebele
Moeda atual: rand sul-africano e dólar americano.
Assuntos relacionados:
Hiperinflação
Zanzibar

Autor: Marcio R. Sandoval (sterlingnumismatic@hotmail.com)

© 2011 Marcio Rovere Sandoval

sexta-feira, 1 de abril de 2011

NATIONAL BANK NOTE COMPANY (1859-1879)


                                                                            © 2011 Marcio Rovere Sandoval

American Bank Note Company (ABNCo.) – Companhias antecessoras


Propaganda da National Bank Note Company de 1873, empresa produtora de papeis de segurança e que a partir de 1879 passou a fazer parte da American Bank Note Company (ABNCo.). (The Banker's Almanac for 1873. New York: Published at the Office of the Banker's magazine, 1873, p.s/n). (clique na imagem para ampliar).

Propaganda da National Bank Note Company de 1874, em quatro línguas (inglês, francês, espanhol e alemão), denotando a intenção da empresa de atingir uma clientela internacional, observem que a empresa recebia comunicados em qualquer língua. Ela possuía um escritório no nº 1 da Wall Street em Nova York e se encarregada de imprimir bilhetes de banco, certificados de ações, obrigações de estradas de ferro, letras de câmbio, selos postais, etc. Informava, ainda, que se ocupava de gravar e imprimir títulos governamentais de diferentes Estados da União, de certificados de ações, de selos postais e papel-moeda de diversos países estrangeiros, da América do Sul, da Europa, das Antilhas e do Japão. (The Banker's Almanac for 1874. New York: Published at the Office of the Banker's magazine, 1874, p.s/n).


Cheque do Union Bank of Winchester, de 1876, no valor de 67 dólares, impresso pela National Bank Note Company de Nova York. A imagem da esquerda, uma alegoria da República ou da Liberdade, foi também utilizada na cédula de 10 dólares do Estado de Arkarnsas (PS239).

Assuntos relacionados:
O QUE É NUMISMATICA?

Autor: Marcio R. Sandoval (sterlingnumismatic@hotmail.com)
© 2011 Marcio Rovere Sandoval