© 2018 Marcio
Rovere Sandoval[3]
Figura 1 – Alegoria do
Comércio, detalhe
das cédulas de 5 mil-réis da 1ª Estampa (R025; P.A203), 1835-1845[4],
impressas pela PB&P para o
Tesouro Nacional (Brasil). Esta mesma alegoria foi reutilizada nas cédulas de 1 mil-réis
da 2ª Estampa (R011; P.A210), 1844-1869. A PB&P
ainda fez uso parcial desta gravura nas cédulas do “Commercial Bank of Newfoundland” (Banco Comercial da Terra Nova[5]),
por volta de 1857 e 1885 (P.S101 – P.S110).
A história da empresa de impressão Perkins Bacon & Petch (PB&P)
teve início com um estadunidense de Newburyport[6],
Jacob Perkins (1766 – 1849). Com
apenas 12 anos de idade ele já era aprendiz de gravura junto a um ourives. Veio
a atingir um alto nível de competência na matéria, tanto que, em 1799 foi
encarregado de produzir as matrizes para as medalhas funerárias de George
Washington.
Em
virtude da Guerra de Independência (1775 – 1783) e antes da criação da US Mint[7],
o sistema monetário estadunidense encontrava-se em estado caótico. Neste
cenário, as pessoas recorriam ao papel-moeda estrangeiro e aos bilhetes de
alguns bancos privados, estes tão mal impressos que qualquer artífice poderia
falsificá-los com sucesso. Jacob Perkins
viu ai uma grande oportunidade, tornando-se impressor de segurança.
Na
época[8]
eram utilizadas placas de cobre gravadas para a impressão de documentos de
segurança. O cobre sendo um metal mole se desgastava rapidamente, não
proporcionando um grande número de tiragens, sendo necessária, assim, a
substituição constante das placas, com uma nova gravura. Esta nova gravura,
mesmo que realizada com os mesmos motivos e pelo mesmo gravador, nunca
atingiria a “similitude absoluta” necessária às matrizes, eis que mesmo um
artesão altamente qualificado seria incapaz de reproduzir o próprio trabalho.
Assim, se acumulavam diversas placas de impressão ou matrizes, com resultados
diferentes para a mesma gravura, dificultando a análise de autenticidade dos
documentos e facilitando a vida dos falsários.
Figura 2 – Retrato de Jacob
Perkins, Edwards Del.[9]
(desenho de Thomas Edwards), litografia de Pendleton’s
Lithography, 1825. Boston Monthly
Magazine, 1826. (fonte: Wikipédia).
Jacob Perkins realizou experiências com
placas de ferro, que igualmente sofriam com o desgaste. Em 1803 empregou a
gravura sobre aço para a elaboração das matrizes e foi melhorando o
procedimento até conseguir endurecer as placas possibilitando a impressão de
longas séries de documentos idênticos sem que a matriz necessitasse ser
substituída. O procedimento de amolecer o aço e depois endurecer já era
conhecido antes de Perkins, mas foi
ele que realizou as adaptações para superfícies planas e delicadas.
Em
1806 publicou uma brochura relatando suas experiências na impressão de
segurança, seguida em 1809 pela adoção pelo Estado de Massachusetts destes
procedimentos de impressão pela legislação bancária. Isto proporcionou a
sociedade de Perkins o quase
monopólio na impressão de bilhetes do Estado de Massachusetts.
Em
1810 publicou um livro juntamente com o gravador Gideon Fairman[10]
que se acredita ser um dos primeiros livros impressos através de placas nos
Estados Unidos. Para Perkins, a
impressão de bilhetes de banco e as ilustrações dos livros eram a mesma coisa.
O
método de impressão através de placas de metal gravadas utilizado por Perkins era o seguinte: Uma placa de
metal polida era submetida a uma ferramenta cortante denominada buril. Após a
realização da gravura era colocada a tinta que penetrava nas ranhuras e depois
a superfície era limpa deixando a tinta nas incisões. Em seguida, se colocava
sobre a placa uma folha de papel úmido e por pressão, obtida através de uma
prensa, a tinta era transferida a partir das linhas incisas na placa, que
compunham o desenho, sobre a superfície do papel. Utilizando-se este método, o
papel ficava sensível ao tato.
Figura 3 – Detalhe do processo
de gravação em talho doce na Encyclopédie de Diderot (Sp Coll Bn5-a.2). 1751- 1772.
Este
método já era conhecido, mas não para a impressão de bilhetes de banco. O
emprego do aço, também representava um grande avanço sobre o que se havia feito
anteriormente.
Mas...
, mesmo as placas de aço se desgastavam. Então, ele imaginou que se a gravura
da matriz pudesse ser transferida a uma nova placa de impressão, o problema da
produção em massa[11]
de cópias idênticas estaria resolvido.
Em
1813 ele veio a obter uma patente para um rolo de transferência[12],
que transferia a gravura a partir da matriz em aço endurecido a um rolo de aço
mole, que em seguida era endurecido. Após este rolo era utilizado para imprimir
a imagem sobre outras placas e assim sucessivamente.
Em
1816 o Governo Federal, considerando as novas técnicas desenvolvidas por Jacob Perkins, o aceitou para imprimir
os bilhetes do novo Banco Nacional.
Este
novo Banco não veio a se concretizar e Perkins
acabou tendo que vender a maioria das patentes. Estava ele com 50 anos.
Enquanto
isto, do outro lado do Atlântico, a Inglaterra enfrentava problemas com a
falsificação do papel-moeda, que havia passado a ser utilizado em grande escala
para substituir as moedas de ouro retiradas da circulação pelo Governo no
intuito de financiar a guerra contra Napoleão.
O
Ministro inglês em Washington, impressionado com os avanços na produção de
papel-moeda desenvolvidos por Perkins e
seus associados (Asa Spender e Gideon Fairman), convidou-os a Londres
para que passassem a imprimir os bilhetes do Banco da Inglaterra. Assim, após o
recebimento de £ 5000, zarparam em direção a Liverpool.
Em
1819, na Inglaterra, Jacob Perkins
abriu a empresa como gravadores em placas de aço com a razão social de Perkins Fairman & Heath[13],
localizada no n° 69 da Fleet Street em Londres.
Figura 4 – À esquerda street
view de Londres, com o desenho do prédio da “Perkins Bacon & Petch, Bank
Note Engravers”, no
n° 69 da Fleet Street, cerca de 1839. À direita, foto do prédio da
Perkins Bacon & Cia Ltda., Bank Note Engravers”, após 1887.
O
Governador[14] do
Banco da Inglaterra se mostrou contrário a idéia de ter um estrangeiro[15]
implicado na produção dos bilhetes do Banco, sendo que afinal restou decidido
que o próprio Banco continuaria a imprimi-los.
Mesmo
nestas condições adversas, Jacob Perkins
resolveu ficar na Inglaterra e acabou por obter alguns contratos de impressão
para o Banco da Irlanda, da Escócia e outros bancos provinciais menores.
Pouco
tempo depois Fairman deixou a
sociedade e a empresa passou a se chamar Perkins
& Heath, permanecendo desta forma até 1829, quando passou a Perkins & Bacon, por causa de Joshua Butters Bacon, que se casou com
uma das filhas de Jacob e entrou para a sociedade. Em 1834 a empresa passou a Perkins Bacon & Petch (PB&P),
eis que o gravador Henry P. Petch,
que trabalhava na empresa desde 1823, entrou como sócio.
Em
1835 obteve o contrato de impressão das cédulas brasileiras (Emissões do
Tesouro Nacional) num valor de £ 23 000[16].
A primeira repartição de benefícios veio no ano posterior.
Em
1836, com 70 anos, Jacob Perkins se
aposentou com parcos recursos. Ironicamente, três anos depois, a empresa obteve
o contrato de impressão do primeiro selo postal adesivo do mundo, o Penny Balck.
Jacob Perkins faleceu em 1849 (com 84
anos) e esta sepultado no cemitério de Kensal
Green, em Londres.
Em
1852 o nome da empresa foi alterado para Perkins
& Bacon & Co. e em 1887 para Perkins
Bacon & Co. Ltd. A sociedade nesta época era dirigida pelo neto do
antigo sócio de Jacob, Charles Heath. No final do Século XIX a
empresa já vinha declinando nos negócios em virtude de uma série de más
administrações. Ao que tudo indica, a marca continuou existindo até 1935,
quando cessou, definitivamente, suas atividades. Posteriormente, os documentos
da empresa foram adquiridos pela Royal
Philatelic Society de Londres.
Figura 5 – Marcas da empresa
de impressão constantes nas margens das cédulas, desde a fundação em 1819 até a
última alteração da razão social em 1887. A partir da segunda denominação temos
indicação do método de impressão patenteado, ou seja, com placas de aço
endurecidas (Patent Hardened Steel Plate).
A empresa durante sua existência imprimiu cédulas, selos e outros
documentos de segurança para diversos países e principalmente para bancos
particulares do Império Britânico.
Para
ficarmos em apenas alguns exemplos, a lista não é exaustiva, relacionamos
alguns destes países[17]
e pelo menos um banco que teve suas cédulas impressas pela Perkins e seus associados. Vejamos:
Austrália
|
The
Oriental Bank Corporation – P.nd
|
Argentina
|
Banco
Nacional de las Provincias Unidas del Rio de La Plata P.S361-367
|
Colômbia
|
Banco
de Santander – P.S831-835
|
Grã-Bretanha
|
The
|
Escócia
|
The
Commercial Bank of Scotland, Limited – P. S300-313
|
Terra Nova
|
Commercial
Bank of
|
Índia Britânica
|
Bank
of
|
Irlanda
|
Provincial
Bank of Ireland Limited – P. 331-347
|
Figura 6 – Anverso da cédula
de 1 libra do “Provincial Bank of Ireland Limited” (P.346b –specimen) impressa
pela Perkins, Bacon & Co., datando de 1° de dezembro de 1926. São bifacias e não trazem o nome do
impressor. Um design sem grandes
modificações durante mais de 100 anos.
Podemos notar que apesar da empresa utilizar métodos inovadores como a
impressão através de chapas de aço gravadas, o design era simples, se resumindo na maioria das vezes, em uma gravura
central com guilhochês nas laterais e no centro o nome do órgão emissor com um
fundo de segurança em micro caracteres. Também apresentavam filigrana ou marca
d água, em geral, constituídas de traços.
No
Brasil as cédulas impressas pela Perkins sofreram com a falsificação, eis que
poucos eram capazes de identificar as cédulas falsas, que muitas vezes vinham
do exterior. A partir de 1869, com a concorrência da American Bank Note Company (ABNCo.), a empresa veio a perder os
contratos com o Brasil.
Figura 7 – Projeto (specimen) da
cédula de 1 libra do Banco da Inglaterra (P.nd.), cerca de 1819; impressa por Perkins,
provavelmente, já como Perkins Fairman & Heath. À esquerda temos Britânia
(personificação da Grã Bretanha), no centro Netuno ou Poseidon e à direita
Alegoria do Comércio.
2. As cédulas
impressas para o Brasil
As primeiras impressões que a PB&P[18]
realizou para o Brasil foram as notas da 2ª[19]
e 3ª emissões do 1° Banco do Brasil[20],
em 1828 e 1829. Foram dois valores da 2ª emissão e dezenove da 3ª emissão, no
total de 21 tipos de cédulas. Estas notas foram desmonetizadas em 1841.
Além
do 1° Banco do Brasil, a empresa imprimiu bilhetes para dois outros bancos no
Império, são eles: Banco Comercial e Agrícola (1857 a 1862[21])
e o Banco Rural e Hipotecário (1853
a 1867).
Para
o Tesouro Nacional a empresa imprimiu 41 tipos de cédulas, as primeiras em 1835
e as últimas em 1870. As cédulas de 20$000 réis emitidas em 1867 e as de 10$000
réis emitidas em 1868, ambas da 5ª estampa, foram as últimas desta empresa a
serem desmonetizadas em 1885.
Aqui
trataremos apenas das cédulas impressas pela PB&P para o Tesouro Nacional (1835-1870).
2.1 – O Tesouro Nacional (1827-1965)
Figura 8 – “THESOURO NACIONAL”, sobre fundo de segurança “um mil réis” em micro-caracteres. Detalhe
da cédula de 1$000 réis do Tesouro Nacional (R010; P.A201) emitida em 1835. Pela
primeira vez temos a expressão “No Thesouro
Nacional se pagará ao portador desta quantia de ... valor recebido”.
O Tesouro Nacional, ou Tesouro Público ou ainda
Erário Público, é o caixa do Governo, ou seja, o representante das finanças do
Estado. Designa, também, os serviços de administração dos recursos do Estado,
que na maioria dos países esta ligado a um Ministério de Finanças. No Brasil,
esta função foi criada pelo Alvará de 28 de junho de 1808[22],
com o estabelecimento do Real Erário, posteriormente denominado Tesouro
Imperial e finalmente Tesouro Nacional, ligado ao Ministério da Fazenda. Desde
1827 (Decreto de 27 de novembro de 1827), o Tesouro Nacional passou a ser responsável
pela emissão e recolhimento do papel-moeda, isto até a reforma de 1964/5[23],
quando esta função passou ao Banco Central.
Interessante
notar que a denominação utilizada nas cédulas, desde o Império, foi “Tesouro Nacional”
e não “Tesouro Imperial”.
O conceito de “Tesouro Nacional” assumiu
diferentes sentidos conforme a época e as funções a ele atribuídas, mas sempre
ligado às finanças públicas. Assim, temos atualmente a Secretaria do Tesouro
Nacional, ligada ao Ministério da Fazenda, que foi criada em 1986 e que é
responsável, entre outros, pela administração financeira do Estado e a
arrecadação de impostos.
Voltando
à 1827, época em que o Tesouro Nacional passou a ser responsável pela gestão do
papel-moeda, temos a emissão, por conta deste, das cédulas para o troco do
cobre na Província da Bahia. A causa era o derrame de moedas falsas de cobre
que constituíam uma verdadeira calamidade. A medida foi ampliada às outras
Províncias que também passavam pelo mesmo problema, através da Lei de 3 de
outubro de 1833.
A
Lei de 23 de setembro de 1829 determinou a liquidação do 1° Banco do Brasil,
sendo que o Governo assumiu a responsabilidade das emissões.
Através
do Decreto de 1° de junho de 1833 determinou o Governo a substituição dos
bilhetes do extinto 1° Banco do Brasil, mandando estampar cédulas do Tesouro
para este fim[24].
Nesta
mesma época, os falsários passaram a fabricar também as cédulas para o troco de
cobre, juntamente com os bilhetes do já extinto 1° Banco do Brasil.
Diante
desta situação, o Governo através da Lei n°54 de 6 de outubro de 1835, mandou
substituir todas essas emissões pelas novas cédulas mandadas estampar pelo
Decreto de 1 de junho de 1833, já encomendas a Perkins, Bacon & Petch (PB&P), de Londres. O objetivo era
de uniformizar o meio circulante.
O
Governo, com esta medida, se tornava o ator principal do meio circulante, mesmo
que, em determinados períodos cedesse, também, o poder de emissão a bancos
privados, a denominada “pluralidade bancária emissora”[25].
E
a expressão “pagará ao portador desta a
quantia de..., valor recebido[26]”
tinha um papel meramente simbólico, eis que as cédulas do Tesouro Nacional foram
sempre inconversíveis[27].
Em algumas ocasiões, o Governo realizava empréstimos internacionais para
lastrear a emissão de dinheiro, com o objetivo de reequilibrar o câmbio, mas
este fato, não alterava a inconversibilidade do dinheiro que circulava no país.
2.2 – As cédulas impressas pela PB&P
para o Tesouro Nacional (1835-1870).
Figura 9 – Cédula de
200 mil-réis (1835-1862) da 1ª Estampa, impressa pela PB&P. (R061; P.A208). Dimensões: 195 mm X 130 mm . Quantidade emitida:
20.684. Recolhidas: 20.561. Deixaram de vir a troco: 123. No centro, parte
superior, vista de Salvador. Imagem: Acervo do Museu de Valores do
Banco Central.
Como
vimos, foram 41 tipos de cédulas distribuídas em 6 estampas, entre 1835 e 1870.
As cédulas vinham agrupadas em talões e quando da emissão eram cortadas pela
linha de corte situada na margem esquerda. A linha de corte trazia a indicação
escrita do valor da cédula. Quando necessário, as cédulas poderiam ser
verificadas, quanto a sua autenticidade, através da correspondência da linha de
corte. Eram impressas apenas no anverso e apresentavam uma assinatura
autenticadora. O nome do impressor e a indicação do método de impressão, em
micro-caracteres “Perkins Bacon &
Petch, London, Patent Hardened Steel Plate” ou “Perkins, Bacon & Co. London, Patent Hardened Steel Plate[28]” encontra-se
na margem inferior interna das cédulas.
De
forma similar às cédulas da 3ª emissão do Banco do Brasil, as cédulas traziam a
seguinte legenda, concernente a “garantia de pagamento”: “No Thesouro Nacional se pagará ao portador desta a quantia de ......,
valor recebido”.
Eram
cédulas mais largas em relação ao que mais tarde ficaria estabelecido. Assim,
as cédulas de 100 mil-réis da 1ª e 3ª estampas, respectivamente de 1835 e 1856,
mediam 220 mm
X 135 mm ,
bem como a de 500 mil-réis da 1ª estampa de 1835. Estas três cédulas são os
maiores exemplares da coleção brasileira de cédulas.[29]
As
cédulas da 1ª Estampa entraram em circulação em 24 de dezembro de 1835 e as de 100,
200 e 500 mil-réis, nesta mesma data e em 22 de agosto de 1836[30].
À medida que iam surgindo cédulas falsificadas, se sucediam novas estampas. As
cédulas não traziam, a princípio, a indicação da estampa.
2.3 – As cédulas da 1ª Estampa do Tesouro Nacional (9 valores)
Características
comuns: Unifaciais, tinta preta sobre papel branco, em calcografia. Marca d
água: linhas triangulares, o valor da cédula em algarismos e a inscrição “Thesouro Nacional” [31].
Numeração e série manuscritas. Estampa: sem indicação. À esquerda, Armas
Imperiais de D. Pedro II, à direita, referência ao Decreto de 1° de julho de
1833, e, ao centro, na parte superior, vinhetas com os seguintes motivos[32]:
Figuras 10, 11, 12 e 13 – Vinhetas
das cédulas da 1ª Estampa do Tesouro Nacional, gravadas e impressas pela PB&P de Londres. Na seqüência temos:
Alegoria da Agricultura (1$000 réis); Alegoria das Artes (2$000 réis); Alegoria
do Comércio (5$000 réis) e Efígie de D. Pedro II (10$000 réis). A efígie de D.
Pedro II menino que aparece na cédula de 10$000 réis de 1835 é a primeira
representação de uma personalidade nas cédulas brasileiras[33].
Figuras 14 e 15 – Vinhetas
das cédulas da 1ª Estampa do Tesouro Nacional, gravadas e impressas pela PB&P de Londres. Na seqüência temos:
Alegoria da Justiça (20$000 réis) e Alegoria do Descobrimento do Brasil (50$000
réis).
Figuras 16, 17 e 18 – Vinhetas
das cédulas da 1ª Estampa do Tesouro Nacional, gravadas e impressas pela PB&P de Londres. Na seqüência temos:
Vista do Recife (100$000 réis); de Salvador (200$000 réis) e do Rio de Janeiro
(500$000 réis). Trata-se das primeiras imagens de cidades brasileiras impressas
nas cédulas[34].
Em
relação à gravura de Recife (figura 16) temos: trata-se da entrada do porto do
Recife, com o Farol da Barra, que foi mandado construir por D. João VI e que
foi inaugurado em 1822[35].
Em segundo plano temos o Forte São Francisco da Barra ou Forte do Picão[36],
entre outros nomes, construído originalmente no final do Século XVI ou início
do Século XVII, tendo passado por diversas reformas e reconstruções, foi
finalmente demolido em 1910, em nome do “progresso”. Desta vista, resta apenas
o Farol e as ruínas das fundações do Forte.
A
gravura de Perkins (figura 16) foi, provavelmente, inspirada em uma pintura ou
gravura realizada entre 1822 e 1834. Infelizmente ainda não a localizamos.
A
primeira foto conhecida do Recife, de 1851, foi tirara a partir deste Farol e
retrata o Forte e a cidade do Recife. Estes dois elementos arquiteturais ainda
constam nos brasões de Pernambuco e do Recife.
A
figura 17 traz uma vista de Salvador. Também neste caso, não encontramos a
pintura ou gravura de origem. Da mesma forma que a gravura do Recife e a do Rio
de Janeiro, esta de Salvador traz uma imagem concernente ao porto, alusão ao
comércio e ao desenvolvimento.
Na
figura 18 temos uma gravura do Rio de Janeiro visto a partir da Ilha das
Cobras, sendo que apenas localizamos uma imagem de época parecida, qual seja, a
“Baia de Guanabara vista da Ilha das
Cobras” de Félix Émile Taunay (1795-1881), de cerca de 1828.
Pela
natureza das gravuras (figuras 16, 17 e 18), acreditamos na existência de imagens
de origem, que ainda não localizamos.
Em julho de 1836 verificou-se o furto das
cédulas de 50,100, 200 e 500 mil-réis. Conforme estipulava a Lei, o Tesouro devia
substituí-las por novos tipos, fato que não veio a ocorrer, em virtude de que
não haviam sido preparados. Assim, decidiu-se cortar a margem direita (a oposta
à que era presa ao talão) para posterior comparação, como era feito com a outra
margem. Após o furto do Tesouro, o serviço de emissão e recolhimento das
cédulas, passou a ser realizado pela Caixa de Amortização.
2.4 – As cédulas da 2ª Estampa do Tesouro Nacional (9 valores)
Características comuns: Unifaciais, tinta e
papel coloridos, em calcografia. Marca d água: provavelmente similar as da 1ª
Estampa. Numeração e série impressas. Estampa: sem indicação. À esquerda, referência
ao Decreto de 1° de julho de 1833, à direita Armas Imperiais de D. Pedro II, e
ao centro, na parte superior, vinhetas com os mesmos motivos da 1ª Estampa, mas
alternados em relação aos valores. Vejamos, por ordem de emissão[37]:
50$000 réis
|
1839
|
Alegoria da Justiça (Figura 14). Impressão:
azul-marinho sobre fundo sépia.
|
10$000 réis
|
1840
|
Alegoria do
Descobrimento do Brasil (Figura 15). Impressão: azul-marinho sobre fundo
sépia.
|
20$000 réis
|
1841
|
Efígie de D. Pedro II (Figura 13).
Impressão: azul-marinho sobre fundo sépia.
|
5$000 réis
|
1842
|
Alegoria das Artes (Figura 11).
Impressão: carmim sobre fundo esverdeado.
|
1$000 réis
|
1844
|
Alegoria do Comércio (Figura 12).
Impressão: carmim sobre fundo azulado.
|
2$000 réis
|
1844
|
Alegoria da Agricultura (Figura 10).
Impressão: carmim sobre fundo esverdeado.
|
100$000 réis
|
1844
|
Vista do Rio de Janeiro (Figura 18).
Impressão: verde sobre fundo verde-claro.
|
200$000 réis
|
1844
|
Vista do Recife (Figura 16).
Impressão: verde sobre fundo verde-claro.
|
500$000 réis
|
1844
|
Vista da Bahia (Figura 17).
Impressão: verde sobre fundo verde-claro.
|
2.5 – as cédulas da 3ª
Estampa do Tesouro Nacional (9 valores)
Características
comuns: Unifaciais, impressão em calcografia. Marca d água: provavelmente
similar as da 1ª Estampa. Numeração impressa. Estampa: sem indicação. Ao
centro, na parte superior, vinhetas com os seguintes motivos:
5$000 réis
|
1843
|
Alegoria da Agricultura (Figura 10).
Impressão: preto sobre papel branco.
|
20$000 réis
|
1844
|
Alegoria do
Descobrimento do Brasil (Figura 15). Impressão: azul sob fundo amarelo.
|
50$000 réis
|
1848
|
Nova Efígie de D. Pedro II.
(Figura19) Impressão: coral.
|
10$000 réis
|
1852
|
Alegoria da Justiça (Figura 14). Impressão:
carmim sobre fundo esverdeado
|
100$000 réis
|
1856
|
Vista da Bahia (Figura 17). Impressão:
preto sobre papel branco.
|
200$000 réis
|
1859
|
Vista do Rio de Janeiro (Figura 18).
Impressão: preto sobre papel branco.
|
500$000 réis
|
1859
|
Vista do Recife (Figura 16).
Impressão: preto sobre papel branco.
|
1$000 réis
|
1860
|
Nova Alegoria do Comércio (Figura 20)
Impressão: preto e azul sobre papel branco.
|
2$000 réis
|
1860
|
Nova Alegoria da Agricultura
(Figura 21) Impressão: preto e verde sobre papel branco.
|
Figuras 19, 20 e 21 – Novas vinhetas
das cédulas da 3ª Estampa. Na seqüência temos: Nova imagem do Imperador Pedro
II (50 mil-réis, 1848); Nova alegoria do Comércio (1 mil-réis, 1860) e Nova Alegoria
da Agricultura (2 mil-réis, 1860).
Em
uma carta da PB&P ao Governo,
datada de 22 de maio de 1848[38],
no que diz respeito ao preço do milheiro de cédulas, temos: “O nosso preço último foi de 51 shillins e 7
pence por mil notas, incluídas as chapas, papel, moldes, escrita, ajuntar e
coser, tudo completo, e agora reduzimos a 45 shillins, sendo a redução de 12 ½
%.”. Esta redução de preços era uma tentativa de minimizar a insatisfação
do Governo brasileiro diante do fato de serem a cédulas de fácil falsificação.
2.6 – As cédulas da 4ª Estampa do Tesouro Nacional (9 valores)
Características comuns: Unifaciais, impressão
em calcografia. Marca d água: provavelmente similar as da 1ª Estampa. Em
relação às cédulas de 10 mil-réis temos: na parte superior a inscrição “Thesouro Nacional” e abaixo uma esfera
armilar circundada de 19 estrelas. Na parte inferior esquerda, o valor da
cédula em algarismo “10” .
Pela primeira vez aparece a indicação da estampa em alguns valores (10, 20,
100, 200 e 500 mil-réis). Ao centro, na parte superior, vinhetas[39]
com os seguintes motivos:
5$000 réis
|
1852
|
Alegoria da Justiça (Figura 14). Impressão:
preto sobre papel branco.
|
10$000 réis
|
1854
|
Nova Alegoria da Agricultura
(Figura 22) Impressão: preto e sépia sobre papel branco.
|
20$000 réis
|
1854
|
Nova Alegoria da Paz... (Figura 23)
Impressão: preto sobre papel branco.
|
1$000 réis
|
1866
|
Nova Alegoria da
Justiça... (Figura 24). Impressão: preto e azul sobre papel branco.
|
2$000 réis
|
1866
|
Nova Alegoria da Justiça...
(Figura 25). Impressão: preto e verde sobre papel branco.
|
50$000 réis
|
1867
|
Nova Alegoria da Agricultura...
(Figura 26). Impressão: preto e azul sobre papel branco.
|
100$000 réis
|
1867
|
Alegoria do Descobrimento do
Brasil (Figura 15). Impressão: preto e vinho sobre
papel branco.
|
200$000 réis
|
1867
|
Alegoria da Justiça (Figura 14).
Impressão: Impressão: preto e vinho sobre papel
branco.
|
500$000 réis
|
1867
|
Nova Alegoria da Agricultura...
(Figura 27).Impressão: preto e verde sobre
papel branco.
|
Figuras 22, 23 e 24 – Novas vinhetas
das cédulas da 4ª Estampa (parte superior central). Na seqüência temos: Alegoria
da Agricultura (10 mil-réis, 1854), Nova Alegoria da Paz, Agricultura e
Ciências (20 mil-réis, 1854[40])
e Nova Alegoria da Justiça, Agricultura e Comércio (1 mil-réis, 1866).
Figuras 25, 26 e 27 – Novas
vinhetas das cédulas 4ª Estampa (parte superior central). Na seqüência temos:
Alegoria da Justiça e Verdade (2 mil-réis, 1866), Nova Alegoria da Agricultura
e Comércio (50 mil-réis, 1867) e Nova Alegoria da Agricultura (1867). As Armas
Imperiais constante na figura 24 apresentam 17 estrelas.
2.7 – As cédulas da 5ª Estampa do Tesouro Nacional (3 valores).
Características comuns: Unifaciais, impressão
em calcografia. Marca d água: provavelmente similar as da 1ª Estampa. Estampa:
sem indicação. Ao centro, na parte superior, vinhetas com os seguintes motivos:
5$000 réis
|
1860
|
Nova Alegoria da Justiça...
(Figura 28). Impressão: preto e vinho sobre papel branco.
|
20$000 réis
|
1867
|
Nova Alegoria do Comércio (Figura
29). Impressão: preto e verde sobre papel branco.
|
10$000 réis
|
1868
|
Busto de D. Pedro II (Figura 30).
Impressão: preto e vinho sobre papel branco.
|
Figuras 28, 29 e 30 – Nova Alegoria da Justiça e do
Comércio (5 mil-réis, 1860), Nova Alegoria do Comércio (20 mil-réis, 1867) e D.
Pedro II (10 mil-réis, 1868).
As cédulas da 6ª Estampa do Tesouro Nacional (2 valores)
Características comuns: Unifaciais, impressão
em calcografia. Marca d água: provavelmente similar as da 1ª Estampa. No caso
da cédula de 20 mil-réis, a inscrição “Thesouro
Nacional” aparece na parte superior e o valor da cédula em algarismo “20” , logo abaixo, no centro. Estampa:
indicada na cédula de 20 mil-réis. Ao centro, na parte superior, vinhetas com
os seguintes motivos:
5$000 réis
|
1866
|
Nova Alegoria do
Comércio, Artes e Ciências. Impressão: preto e vinho sobre papel branco.
|
20$000 réis
|
1870
|
Vista do Ancoradouro do Rio de
Janeiro. Impressão: preto e verde sobre papel branco.
|
Figuras 31 e 32 – Nova Alegoria do Comércio, das
Artes e da Ciência (5 mil-réis, 1866) e Ancoradouro do Rio de Janeiro (20
mil-réis, 1870).
A
gravura do Ancoradouro do Rio de Janeiro realizada pela Perkins (figura 32), para
a cédula de 20.000 réis de 1870, tem como origem uma fotografia de autoria do
editor e fotógrafo francês Victor Frond.
Esta imagem, litografada, foi publicada no álbum de Charles Rybeirolles, “Brasil Pitoresco, Álbum de vistas,
Panoramas Paisagens, Monumentos, Costumes, etc. com os retratos de sua
Majestade Imperador D. Pedro II e da família imperial, fotografados por Victor
Frond”, publicado em Paris em 1861.
A
litografia que se encontra no livro é a de número 6 e intitula-se “Panorama de Rio de Janeiro – Port Marchand
de La Saúde”. Todas as litografias do livro são coloridas, a exceção desta.
3. Fontes das informações das cédulas do Tesouro Nacional no Período
Imperial
Figuras 33 – Cédula de 500 mil-réis (1835/36 –
1843/61) da 1ª Estampa, n° 44362, impressa pela PB&P. (R067; P.A209). Dimensões: 220 mm X 135 mm . Quantidade emitida:
7.705. Quantidade recolhida: 7.674. Deixaram de vir a troco: 31. Conhecidas: 2.
No centro, parte superior, vista do Rio de Janeiro. Imagem: Acervo do Museu de
Valores do Banco Central, antiga coleção José Benedito de Moura[41].
As informações sobre as emissões do Tesouro
Nacional do período analisado, como: o valor das cédulas; a data de emissão e
desmonetização; a quantidade emitida e recolhida; as datas de substituição sem
desconto; etc. foram consubstanciadas em um trabalho de Miguel Arcanjo Galvão
(1821-1903), que foi Inspetor Geral da Caixa de Amortização e Diretor do
Tesouro Nacional. Trata-se de um manuscrito intitulado “Moeda Fiduciária do Brasil – Apontamentos para a sua historia – por
M.A.G”. Este manuscrito encontrava-se (segundo o Conservador do Museu
Histórico Nacional – Antonio Pimentel Winz) na biblioteca daquela instituição,
pelo menos até 1952[42].
Julius Meili, na obra, O Meio Circulante
no Brasil - Parte III - A Moeda Fiduciária no Brasil. Zurique: Tipografia Jean
Frey, 1903, páginas 40-46, reproduziu as informações contidas naquele
manuscrito, que depois vieram a ser reproduzidas nos demais livros e catálogos
sobre numismática.
Assim,
a fonte das informações contidas nos catálogos vem deste manuscrito, através de
Julius Meili. Acreditamos que a fonte
primaria seja os documentos da antiga Caixa de Amortização.
Vejamos, como exemplo, algumas informações de Miguel
Arcanjo Galvão sobre as cédulas de 500$000 réis da 1ª Estampa do Tesouro
Nacional (Figura 33):
Valor: 500$000
Quantidade emitida: 7.705
Data da emissão: 22 de agosto de
1836
Fim da substituição sem desconto: 31
de dezembro de 1842 (ditas do 1° corte[43],
isto é, anteriores ao furto do Tesouro) e 30 de junho de 1860 (ditas do 2°
corte[44],
isto é, posteriores ao furto).
Recolhidas: 7.674
Deixaram de vir ao troco: 31
Perderam o valor em: 1 de outubro de
1843 (1° corte) e 1 de abril de 1861 (2° corte)
Podemos
ainda, complementar estas informações:
Cédulas unifaciais
Cor: tinta preta sobre fundo branco
Método de impressão: gravura em
metal (calcografia)
Não trazem a indicação da estampa
A numeração é manuscrita
Apresentam uma assinatura na parte
inferior direita.
Na parte superior central temos uma
Vista do Rio de Janeiro, possivelmente no final dos anos 20 do Século XIX[45].
Inicialmente foram recebidas 8.000
cédulas do impressor. Até o ano de 1837, na Província do Rio de Janeiro,
incluindo o Município da Corte, haviam sido emitidas 1000 cédulas de 500
mil-réis e outras mil aguardavam para serem emitidas, que foram inutilizadas
por causa do furto do Tesouro. Para o Maranhão foram enviadas 200 cédulas de
500 mil-réis, que foram inutilizadas antes da emissão, o mesmo ocorreu na
Província de Minas, com outros 100 exemplares.
Do lado direito temos o Brasão
Imperial com 19[46] estrelas
representando as Províncias do Império.
Do lado esquerdo, em um medalhão,
encimado da Coroa Imperial, a menção ao Decreto de 1° de junho de 1833.
Dimensões: 200 mm X 135 mm
Catalogação: R067; P.A209
Grau de raridade[47]:
Certamente uma das mais raras cédulas da coleção brasileira. Conhecemos apenas dois
exemplares, um de cada tipo:
1°
|
N° 44362[48]
|
Coleção: Museu de Valores do Banco
Central (1° corte)
|
2°
|
N° 13945[49]
|
Coleção: Museu Histórico Nacional[50]
(2° corte)
|
4. Conclusão
A
PB&P. empresa inglesa, fundada por um estadunidense, constituída,
inicialmente, para imprimir os bilhetes do Banco da Inglaterra e que
posteriormente passou a imprimir para os bancos privados ingleses e do Império
Britânico e também para outros países, como a Argentina, Brasil, Colômbia...
A
empresa empregava novos métodos de impressão, sendo este o seu diferencial no
mercado. Com o passar dos anos, as técnicas não foram aperfeiçoadas, sendo que
as cédulas sofriam com a falsificação, chegando ao ponto de obrigar a empresa
rever os contratos e abaixar os preços.
Em
relação ao Brasil, foram 35 anos de serviços durante o Regime Imperial
(1835-1870) em que foram impressas 41 estampas.
Os
motivos eram alegóricos, além do busto do imperador D. Pedro II e imagens das
cidades brasileiras. Desde a 1ª Estampa, temos gravuras do Rio de Janeiro,
Salvador e Recife. Todas apresentavam filigrana ou marca d água, detalhe
ausente em todo literatura sobre o assunto até o momento. Analisamos um pequeno
número de cédulas que tínhamos disponíveis, motivo da ausência de mais
detalhes.
Com
o aparecimento de novas empresas no ramo e a falta de inovação da PB&P. levaram a perda dos contratos
com o Brasil.
Boa
parte das informações, sobre estas emissões, nos chegaram através do trabalho
minucioso do Conselheiro Galvão, antigo diretor do Tesouro Nacional e da Caixa
de Amortização, e que nos foi legado por Julius
Meili, na Parte III, do Meio Circulante no Brasil, ou seja, no “A moeda Fiduciário no Brasil”, de 1903,
tendo em vista que Galvão não chegou a publicar seu manuscrito, ora
desaparecido, como mencionado.
A
partir das cédulas da PB&P. o
país passou a ser dependente das importações para suprir as encomendas de
papel-moeda. Essa dependência permaneceu quase completa até o início dos anos
70, sendo que apenas nos anos 80 é que o papel de impressão também passou a ser
fabricado localmente. Por tratar-se de indústria altamente especializada, a
maioria das máquinas, com exceção das matrizes, ainda vem do exterior, como, por
exemplo, das Organizações Giori de
Lusanne, Suíça.
Como
já tivemos a oportunidade de mencionar, por vezes ainda se faz necessária a
importação de cédulas, devido a necessidades emergenciais e não supridas pela
Casa da Moeda do Brasil.
O
número total de cédulas impressas pela PB&P.,
para o Tesouro Nacional, de todos os valores e estampas reunidas, e
efetivamente emitidas, atingiram a cifra de 50.304.392 (cinqüenta milhões,
trezentos e quatro mil e trezentos e noventa e duas) cédulas[51].
Um número muito pequeno se comparamos com as primeiras cédulas impressas pela
ABNCo., como por exemplo, a cédula de 5 mil-réis de 1869; apenas destes valor
foram impressas 45.000.000 (quarenta e cinco milhões) de cédulas.
Se
este número for comparado com as cédulas de 1 Cruzeiro produzidas pela Casa da
Moeda do Brasil (CMB), que, diríamos, é o marco inicial da produção em série de
cédulas pelo Brasil, aquele número é ínfimo diante dos quase dois bilhões de
cédulas de 1 Cruzeiro de 1970 (temos em relação às séries o número
impressionante de 1.816.200.000, ou seja, um bilhão, oitocentos e dezesseis
milhões e duzentas mil cédulas).
De
qualquer forma, estas foram, juntamente com as emissões do 1° Banco do Brasil,
as precursoras da circulação fiduciária em massa no Brasil.
Bibliografia
AMATO, Claudio Patrick
Et al. Cédulas do Brasil 1833
a 2011. 5ª edição, 2011.
AMATO, Claudio
Patrick Et al. Livro das Moedas do Brasil 1643 até o presente. 12ª edição, 2015.
CAVALCANTI,
Amaro. O Meio Circulante Nacional.
Rio de Janeiro: Impressa Nacional, 1893.
COARACY, Vivaldo. O Rio de Janeiro no Século 17. Rio
de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1944.
GONÇALVES, Cleber Baptista. Casa da Moeda do
Brasil. Rio de Janeiro: Casa da Moeda do Brasil, 2ª Edição, 1989.
HEATH, George. Records of the Heath Family – 1744-1913. London :
George Heath private circulation, 1ª edition, 1913.
Iconografia de Valores
Impressos do Brasil.
Banco Central do Brasil. Brasília 1979.
LISSA, Violo Idolo. Catálogo
do Papel-Moeda do Brasil, 1771-1986, Emissões oficiais, bancárias e regionais. 3ª
edição, Brasília, Editora Gráfica Brasiliana Ltda., 1987.
MEILI, Julius. O Meio Circulante no Brasil. Parte III – A
Moeda Fiduciária no Brasil 1771-1900, Zurique, Tipografia de Jean Frey,
1903.
Museu de Valores do Banco Central do Brasil – http://www.bcb.gov.br/?red-museu
O Museu de Valores do Banco Central do Brasil. São
Paulo: Banco Safra, 1988.
PICK, Albert. Standart Catalog of World Paper Money -
General Issues, 1368-1960, 15 th edition, Edited by George S.Cuhaj, USA, 2014.
REIS FILHO,
Nestor Goulart. Contribuição ao Estudo
da Evolução Urbana do Brasil (1500/1720), Editora da Universidade de São
Paulo. 1968.
REIS, Nestor
Goulart. Imagens de Vilas e Cidades do
Brasil Colonial. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa
Oficial do Estado: FAPESP, 2000.
Relatórios do Ministério da Fazenda (diversos)
TRIGUEIROS, F.
dos Santos. Dinheiro no Brasil.
Rio de Janeiro: Leo Cristiano Editorial Ltda., 2ª edição, 1987.
TRIGUEIROS, F.
dos Santos. Iconografia do Meio Circulante. Vol. 8 das
publicações oficiais do Sesquicentenário da Independência - Gerência do Meio
Circulante - Banco Central do Brasil - 1972.
VIEIRA DO
AMARAL, José Vinicius. Catálogo J. Vinicius de Cédulas do Brasil (Cédulas
do Brasil de 1773 á 1980), 1ª edição, 1981.
WIKIPÉDIA
(pesquisas diversas)
Anexo I – Quadro geral das emissões
do Tesouro Nacional impressas pela PB&P. (1835-1870)
1. 1$000
réis
|
1835-1862
|
1ª Est. PB&P.
|
4.160.773
|
R010; P.A201
|
|
2. 2$000
réis
|
1835-1847
|
1ª Est. PB&P.
|
2.177.951
|
R017; P.A202
|
|
3. 5$000
"
|
1835-1845
|
1ª Est. PB&P.
|
1.368.123
|
R025; P.A203
|
|
4.
10$000 "
|
1835-1845
|
1ª Est. PB&P.
|
696.186
|
R034; P.A204
|
|
5.
20$000 "
|
1835-1845
|
1ª Est. PB&P.
|
297.904
|
R042; P.A205
|
|
6. 50$000
"
|
1835-1843
|
1ª Est. PB&P.
|
106.400
|
R050; P.A206
|
|
7. 100$000
"
|
1835/6-1843/62
|
1ª Est. PB&P.
|
41.949
|
R056; P.A207
|
|
8. 200$000
"
|
1835/6-1843/62
|
1ª Est. PB&P.
|
20.684
|
R061; P.A208
|
|
9. 500$000
"
|
1835/6-1843/61
|
1ª Est. PB&P.
|
7.705
|
R067; P.A209
|
|
10. 50$000
"
|
1839-1857
|
2ª Est. PB&P.
|
129.998
|
R051; P.A215
|
|
11. 10$000
"
|
1840-1862
|
2ª Est. PB&P.
|
699.992
|
R035; P.A213
|
|
12. 20$000
"
|
1841-1848
|
2ª Est. PB&P.
|
299.999
|
R043; P.A214
|
|
13. 5$000
"
|
1842-1846
|
2ª Est. PB&P.
|
699.996
|
R026; P.A212
|
|
14. 5$000
"
|
1843-1862
|
3ª Est. PB&P.
|
1.399.920
|
R027; P.A221
|
|
15. 1$000
"
|
1844-1869
|
2ª Est. PB&P.
|
4.199.993
|
R011; P.A210
|
|
16. 2$000
"
|
1844-1869
|
2ª Est. PB&P.
|
2.199.902
|
R018; P.A211
|
|
17. 20$000
"
|
1844-1859
|
3ª Est. PB&P.
|
300.000
|
R044; P.A223
|
|
18. 100$000 "
|
1844-1847
|
2ª Est. PB&P.
|
35.000
|
R057; P.A216
|
|
19. 200$000 "
|
1844-1865
|
2ª Est. PB&P.
|
28.000
|
R062; P.A217
|
|
20. 500$000 "
|
1844-1861
|
2ª Est. PB&P.
|
11.000
|
R068; P.A218
|
|
21. 50$000
"
|
1848-1861
|
3ª Est. PB&P.
|
129.997
|
R052; P.A224
|
|
22. 5$000
"
|
1852-1867
|
4ª Est. PB&P.
|
1.200.000
|
R028; P.A230
|
|
23. 10$000
"
|
1852-1869
|
3ª Est. PB&P.
|
699.948
|
R036; P.A222
|
|
24. 10$000
"
|
1854-1870
|
4ª Est.
PB&Co.
|
2.000.000
|
R037; P.A231
|
|
25. 20$000
"
|
1854-1862
|
4ª Est. PB&P.
|
350.000
|
R045; P.A232
|
|
26. 100$000 "
|
1856-1866
|
3ª Est. PB&P.
|
60.000
|
R058; P.A225
|
|
27. 200$000 "
|
1859-1865
|
3ª Est. PB&P.
|
20.000
|
R063; P.A226
|
|
28. 500$000 "
|
1859-1861
|
3ª Est. PB&P.
|
5.000
|
R069; P.A227
|
|
29. 1$000
"
|
1860-1865
|
3ª Est.
PB&Co.
|
6.006.000
|
R012; P.A219
|
|
30. 2$000
"
|
1860-1872
|
3ª Est.
PB&Co.
|
4.301.990
|
R019; P.A220
|
|
31.
5$000 "
|
1860-1868
|
5ª Est. PB&Co.
|
3.200.000
|
R029; P.A237
|
|
32. 1$000
"
|
1866-1878
|
4ª Est. PB&Co.
|
4.000.000
|
R013; P.A228
|
|
33. 2$000
"
|
1866-1876
|
4ª Est. PB&Co.
|
4.000.000
|
R020; P.A229
|
|
34. 5$000
"
|
1866-1870
|
6ª Est.
PB&Co.
|
2.500.000
|
R030; P.A240
|
|
35. 20$000
"
|
1867-1885
|
5ª Est.
PB&Co.
|
1.000.000
|
R046; P.A239
|
|
36. 50$000
"
|
1867-1876
|
4ª Est. PB&Co.
|
700.000
|
R053; P.A233
|
|
37. 100$000
"
|
1867-1883
|
4ª Est. PB&Co.
|
350.000
|
R059; P.A234
|
|
38. 200$000 "
|
1867-1881
|
4ª Est. PB&Co.
|
18.000
|
R064; P.A235
|
|
39. 500$000 "
|
1867-1883
|
4ª Est. PB&Co.
|
50.000
|
R070; P.A236
|
|
40. 10$000
"
|
1868-1885
|
5ª Est. PB&Co.
|
500.000
|
R038; P.A.238
|
|
00. 5$000
"
|
1869-1889
|
7ª Est. ABNCo.
|
4.500.000
|
R031; P.A257
|
|
00. 10$000
"
|
1869-1889
|
6ª Est. ABNCo.
|
3.500.000
|
R039; P.A252
|
|
00.
1$000 "
|
1870-1894
|
5ª Est. ABNCo.
|
6.000.000
|
R014; P.A244
|
|
00.
2$000 "
|
1870-1889
|
5ª Est. ABNCo.
|
6.000.000
|
R021; P.A245
|
|
41.
20$000 "
|
1870-1883
|
6ª Est. PB&Co.
|
1.000.000
|
R047; P.A241
|
|
00. $500
"
|
1874-1910
|
1ª Est. ABNCo.
|
6.000.000
|
R008; P.A242
|
No quadro temos na seqüência: o
valor da cédula; o período de circulação; a estampa e a abreviatura da empresa
impressora; as dimensões da cédula; a quantidade emitida e a classificação no
catálogo brasileiro e internacional.
Anexo
II
- Outras vinhetas presentes nas cédulas impressas pela PB&P. para o Brasil
A. Brasão,
Decreto, Coroa e Ordem Imperial
1. Brasão Imperial (1835[52]) 2. Decreto de 1° de junho de
1833 (1835)
3.
Coroa Imperial de D. Pedro II (1843) 4.
Ordem Imperial do Cruzeiro (1844)
5. Decreto de 1° de junho de 1833
(1835)
B. Alegorias
1.
Alegoria da Cultura (1868) 2.
Alegoria da Justiça (1868)
3.
Alegoria das Artes (1868)
4. Alegoria da Justiça (1870) 5.
Alegoria da Agricultura (1870)
1. D. Pedro II (1835) 2. D. Pedro II (1848)
3. D. Pedro II (1860) 4. D. Pedro II (1866)
5. D. Pedro II
(1867) 6. D. Pedro II (1868)
D. Specimens
1. Specimen de 20
mil-réis (1870-1883) da 6ª Estampa com vista do Rio de Janeiro, gravura da
PB&P a partir da foto ou da litografia de Victor Frond. Podemos ver o
canhoto da cédulas indicando o valor, a série e a estampa.
2. Specimen de 10
mil-réis (1868-1885) da 5ª Estampa com busto de D. Pedro II, e outras vinhetas
alegóricas (Cultura, Justiça e Artes) gravadas pela PB&P. Podemos, também, ver
o canhoto da cédula indicando o valor, a série e a estampa.
[1] Essa empresa no decorrer de
sua existência passou por diversas mudanças na razão social. Quando surgiu em
1819 se chamava Perkins Fairman &
Heath. Em 1822 mudou para Perkins
& Heath, permanecendo desta forma até 1834 quando passou a se chamar Perkins, Bacon & Petch (PB&P.), que adotamos no presente estudo, por
representar o período “áureo” da empresa. Em 1852 passou a se chamar Perkins & Bacon Co. e em 1887 Perkins Bacon & Co. Ltd. No final do
Século XIX a empresa já vinha declinando nos negócios em virtude de uma série
de más administrações. Ao que tudo indica, a marca continuou existindo até
1935, quando a empresa cessou, definitivamente, suas atividades.
Posteriormente, os documentos da empresa foram adquiridos pela Royal Philatelic Society de Londres. A
abreviação utilizada para o nome da empresa, qual seja, PB&P. ou PB&Co.
é contemporânea, não se tratando de um monograma empregado na época, como é o
caso da ABNCo., para American Bank Note
Company. Existe uma sobreposição entre as denominações Perkins Bacon & Petch (1834-1852) e Perkins Bacon & Co. (1852-1887). Assim é que em 1839 a “Perkins Bacon & Co.” foi a empresa que produziu as matrizes e
as placas para a impressão do Penny Black.
[2] Período de 35 anos em que as
cédulas impressas pela PB&P para o Tesouro Nacional foram emitidas. A
desmonetização da última cédula impressa pela PB&P foi a de 10$000 da 5ª
Estampa do Tesouro Nacional (R038; P.A238), em 1885.
[3] Esta matéria contém diversas
informações inéditas, fruto de pesquisa laboriosa. A reprodução esta
condicionada à autorização prévia do autor, basta nos enviar mensagem por email
– sterlingnumismatic@hotmail.com.
[4] Período de circulação, ou seja, de
emissão e desmonetização.
[5] A Terra Nova passou a
integrar o Canadá em 1949.
[6] Pequena cidade e porto do condado
de Essex em Massachusetts, próxima a Boston.
[7] Casa da Moeda dos Estados Unidos,
criada em 1792.
[8] Final do Século XVIII e início do
Século XIX.
[9] DEL.: do latin “delineavit”, aquele que desenhou, no
caso, Thomas Edwards.
[11] Em número quase ilimitado.
[12] Com o aperfeiçoamento destes
métodos obteve outras patentes, como a prensa de impressão circular matricial e
a prensa para impressão de gravuras sobre cobre e aço.
[13] Charles Heath era um gravador do Rei
George III.
[14] Correspondia ao Presidente do
Banco.
[15] No caso um estadunidense.
[16] Acreditamos que este valor se
refere à encomenda inicial que foi entregue em 1835, ou seja, as cédulas da 1ª
Estampa do Tesouro. A empresa já havia realizado negócios com o Brasil em
1828-29, para impressão de cédulas para o 1° Banco do Brasil.
[17] Além do Brasil.
[18] No caso a Perkins & Heath (P&H).
[19] No caso da 2ª emissão existe
apenas uma suposição que foram impressas pela PB&P, diante da semelhança
das notas com as da 3ª emissão. Veja sobre este assunto o Boletim da AFSC, n°
71, de novembro de 2016, pg. 3-26.
[20] 1808-1829.
[21] Foi liquidado em 1862, se ajustou
com o Banco do Brasil.
[22] Houve um primeiro Decreto de
criação em 11 de março de 1808, em que foi nomeado o seu presidente. (Fonte:
Arquivo Nacional).
[23] Em 1836, devido ao furto no
Tesouro, a Caixa de Amortização passou a efetuar o serviço de emissão e
recolhimento das cédulas, sob a responsabilidade do Tesouro. Entre 1892 e 1896,
esta função teria sido exercida pelo Banco dos Estados Unidos do Brasil.
[24] A medida foi efetivada apenas
com a edição da Lei n°54 de 6 de outubro de 1835.
[25] Idéia oposta a “unidade
bancária emissora”.
[26] Valor recebido –
indicação constante nas cédulas do Tesouro Nacional desde o Império até 1961 e
que diz respeito à garantia de pagamento através da existência de um lastro monetário,
representado pela expressão “se pagará ao
portador desta quantia o valor de ... valor recebido”. Este pagamento, em
tese, poderia ser realizado em moedas de ouro ou prata, como, acreditamos, era
praxe no caso dos bancos privados e das Caixas de Conversão e a de
Estabilização. Diríamos em tese, eis que na prática, ao que temos notícia, isto
aconteceu apenas com a primeira emissão do Banco do Brasil (1º Banco do Brasil
– 1808, bilhetes da 1ª emissão), dos Bancos Privados e das Caixas já citadas. O
lastro nem sempre era integral. Assim, no caso das cédulas do Tesouro Nacional,
esta garantia, era letra morta, existente apenas pela tradição que remontava ao
Império.
[27] Esta afirmação encontra-se na
obra de F. dos Santos Trigueiros, “Dinheiro no Brasil”, 2ª edição, 1987, p.
117.
[28] A indicação do método de impressão
não aparece nas cédulas de 10 mil-réis de 1868, constando apenas o nome do
fabricante, ou seja, “Perkins Bacon &
Co., London”.
[29] Das cédulas emitidas pelo
Governo, até o momento não foi possível analisar as cédulas dos Bancos
particulares.
[30] Cédulas com um segundo corte à direita,
emissão posterior ao furto do Tesouro.
[31] Característica provável, já
que não conseguimos analisar todas as cédulas e também não encontramos nenhuma
referência a esta característica de segurança nas obras especializadas. A
posição destes elementos na cédula pode variar segundo o valor.
[32] Em alguns casos utilizamos
imagens retiradas de cédulas de outras estampas, por causa da qualidade da
imagem.
[33] Uma efígie semelhante, mas de
outro gravador, aparece nas moedas de ouro de 4.000 (8,06 gr.), 6.400 (14,34
gr.) e 10.000 (14,34 gr.) réis, cunhadas a partir de 1832 e 1833 para a moeda
de 10.000 réis.
[34] Nos bilhetes do 1° Banco do
Brasil, as alegorias sugerem a baia de Guanabara no contexto da Abertura dos
Portos.
[35] Acreditamos que tenha passado
por inúmeras reformas.
[36] Denominação utilizada por
causa dos recifes ou das pedras existentes naquele local e que cortavam os
cascos dos navios.
[37] Nesta relação incluímos
apenas as datas de emissão, as datas de recolhimento aparecem no quadro geral
das emissões em anexo.
[38] Por cópia junto ao aviso de
26 de setembro do mesmo ano.
[39] A partir da 4ª Estampa, temos
em alguns casos o acréscimo de outras vinhetas, além da central.
[40] Aqui utilizamos uma imagem de
uma cédula impressa para o “Banco
Nacional de las Provincias Unidas del Rio de La Plata”, de 20 pesos de 1829 (P.S363) que tem a mesma
vinheta da cédula brasileira.
[41] Conforme consta na
Iconografia do Meio Circulante, do Banco Central, 1972, p. 319, referente à
cédula n° 149.
[42] Desaparecido nos dias de
hoje.
[43] Corte apenas do lado esquerdo.
[44] Corte do lado direito e do
esquerdo.
[45] Fizemos uma comparação com uma
pintura de Félix Émile Taunay (1795-1881), de 1828, intitulada “A Baia de Guanabara vista da Ilha das
Cobras”.
[46] Este número inclui curiosamente a
Província Cisplatina (1817-1828).
[47] É um indicativo muito mal
utilizado nas obras sobre o assunto, além de ser controvertido. Muitas das
cédulas da PB&P. impressas para o Brasil, existem apenas em museus ou nem
mesmo neles, ou seja, JAMAIS a 99% apareceram no mercado.
[48] Não temos certeza absoluta da
numeração, mas trata-se de um exemplar pertencente ao Museu de Valores do Banco
Central.
[49] Aqui também não temos certeza, não tivemos
a oportunidade de examinar o exemplar.
[50] Reproduzida por Julius Meili (Parte III, do Meio
Circulante), figura n°118, que pertencia então à Coleção do Ministro Miguel
Arcanjo Galvão.
[51] Devem ser considerados os dados
democraficos da época e que boa parte da população era escrava. A população em
1823 era de cerca de 5 milhões de indivíduos, em 1850 temos 8 milhões e em 1872
quase 10 milhões (fonte IBGE). Desde o início as cédulas foram enviadas para as
Províncias, não se restringindo ao Rio de Janeiro, como parece ser o caso das
emissões do 1° Banco do Brasil.
[52] A data faz referência à primeira
vez em que apareceram nas cédulas. Existem pequenas variações em cada cédula,
estes são exemplos.
[53] Todas as imagens de D. Pedro II reunidas.
Autor: Marcio R. Sandoval
email: sterlingnumismatic@hotmail.com
Publicado no Boletim da Associação Filatélica e Numismática de Santa Catarina (AFSC), n° 73, agosto de 2018, p.4 a 23.
Publicado no Boletim da Associação Filatélica e Numismática de Santa Catarina (AFSC), n° 73, agosto de 2018, p.4 a 23.