Vem o Museu do Banco do Brasil organizando e divulgando elementos relacionados com o estudo do seu acervo, sobretudo no setor da numismática, que oferece documentação útil à nossa história econômico-finaceira.
À necessidade de classificação do papel-moeda acrescenta-se a do atendimento de consultas de pesquisadores e colecionadores que procuram o Museu por isso que a bibliografia existente só se refere ao século passado, como o clássico trabalho de Júlio Meili, A moeda fiduciária no Brasil – 1771 até 1900, que constitui o terceiro volume de O meio circulante no Brasil, obra bastante rara.
Para suprir a falta de dados sobre as cédulas emitidas a partir de 1901, dispersos em documentos pouco acessíveis, julgamos oportuna a organização deste Catálogo, que representa apenas parte da pesquisas mais amplas sobre o papel-moeda brasileiro.
A cargo de nosso Conservador F. dos Santos Trigueiros, auxiliado pelos funcionários Joir Meira de Vasconcellos Câmara Leal e Sérgio Ramos da Silva, ficou o levantamento dos dados referentes às emissões do Tesouro Nacional, objeto desta publicação, às dos vários bancos emissores que funcionaram no País, inclusive do próprio Banco do Brasil, que constituirão a matéria de novo Catálogo, a ser editado.
Cumpre-nos assinalar que a Caixa de Amortização contribuiu decisivamente para a feitura desse levantamento, franqueando-nos seus arquivos, merecendo especial destaque a colaboração do Chefe do Museu daquela dependência do Ministério da Fazenda, Cyro Brito de Carvalho e de seus auxiliares, Renato Paes Leme de Castro e Nivaldo Dantas Campello.
Foi também valiosa a assistência prestada por Kurt Proberm, numismata de reconhecida autoridade, autor de numerosos trabalhos especializados e sempre solícito em colaborar conosco.
Devemos ressalvar, finalmente que o aparecimento deste Catálogo, primeiro de uma série em organização, só se tornou possível graças à compreensão e ao apoio do Presidente e do Diretor-Superintendente do Banco do Brasil, Senhores Luiz de Moraes Barros e Luiz de Paula Figueira, que manifestaram o desejo de que a obra aparecesse por ocasião das comemorações do IV Centarnário da cidade do Rio de Janeiro.
Fernando Monteiro