domingo, 28 de dezembro de 2008

“ALMANAK” LAEMMERT



O ALMANAQUE LAEMMERT E O
PROJETO DE DIGITALIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE CHICAGO


O Almanak Laemmert ou Almanaque Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro (1844-1889) faz parte de um projeto de digitalização de documentos Latino-Americanos (Latin American Microform ProjectLAMP) do Centro de Pesquisa de Bibliotecas da Universidade de Chicago, patrocinado pela Fundação Andrew W. Mellon. Dentre os documentos digitalizados podemos encontrar:

- Documentos do Poder Executivo do Governo do Brasil (1821-1993)Mensagens Executivas (1889-1993)Relatórios Ministeriais (1821-1960)- Documentos dos Governos das Províncias (1830-1889)
- Almanaque Laemmert (1844-1889)
O Almanak Laemmert foi publicado pelos irmãos Laemmert (Eduard e Heinrich Laemmert) imigrantes alemães fundadores da Laemmert e & C. (Livraria universal e Tipografia) estabelecidos no Rio de Janeiro em 1833. A Livraria Universal fechou suas portas em 1909 após um incêndio que destruiu sua biblioteca e arquivos. O direito de publicação do Almanaque foi vendido e em 1942 outro incêndio veio a por fim à publicação. Os almanaques traziam informações de cunho administrativo, financeiro e comercial entre outras. Ao que concerne, por exemplo, à Casa da Moeda, já no 1° volume (1844 – pg.163/164) temos notícias sobre sua localização, na Rua do Sacramento no Rio de Janeiro. Tinha como Provedor Camillo João Valdetaro, traz ainda os nomes dos ocupantes dos seguintes cargos: Escrivão da Balança, Tesoureiro, Escriturários, Fieis da Balança, Mestre de Fundição, Fundidores, Mestre da Ferraria, Guarda Cunhos, Cunhador, Ajudante, Primeiro Ensaiador, Ajudantes de Ensaio, Primeiro Abridor, Segundo Abridor, Oficial de Abridor, Porteiro e Contínuo. Da Caixa de Amortização traz o nome do Inspetor Geral Francisco Cordeiro da Silva Torres e dos demais cargos, Contador, Tesoureiro, Corretor, Escriturários, Porteiro, Tesoureiro, Ajudante, Conferentes, Trocadores, Primeiro Escriturário, Segundos Escriturários, Amanuenses e Contínuo.
A
Biblioteca Nacional disponibiliza os mesmos almanaques digitalizados pela Universidade de Chicago em arquivos DjVu, que podem ser mais facilmente consultados.
Alguns volumes podem ainda ser consultados no
Google.
1851, 1852 e 1853.



© 2009 Marcio Rovere Sandoval

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

OS MUCKERS – AMBRÓSIO SCHUPP


OS MUCKERS


“...no ano de 1824 chega a Porto Alegre um navio, a que seguiu logo outro, desembarcando 126 imigrantes alemãs, os primeiros que o Brasil viu. A “Feitoria” e a “Estancia Velha” deviam ser a nova pátria dos recém-chegados e, ao mesmo tempo, o berço da colônia alemã no Brasil. No ano imediato, de 1825, recebeu a colônia recém-fundada o nome de “São Leopoldo”, em homenagem à Imperatriz D. Leopoldina.” (in, Os Muckers de Ambrósio Schupp. Brasília: Senado Federal, 2004, p.4)
Os Muckers de autoria do P.e Ambrósio Schupp relata o episódio conhecido como “A Revolta dos Muckers” (1873-1874). O livro foi editado primeiramente na Alemanha[1]e teve sua primeira edição brasileira, a que tudo indica, em 1910, publicada por Selbach & Mayer Livreiros-Editores de Porto Alegre.
Os acontecimentos relatados no livro se desenvolveram no então município de São Leopoldo no Rio Grande do Sul, numa localidade situada no sopé do morro do Ferrabrás, atualmente Sapiranga. Esta região foi colonizada por imigrantes alemães, daí a palavra “mucker” que é uma alcunha que significa “beato falso”.
A vinda de colonos alemães para esta região da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul começou em 1824. Eles eram na sua maioria provenientes da Província de Hunsrück na Alemanha e contaram inicialmente com o auxílio da Imperatriz Dona Leopoldina, primeira esposa de D. Pedro I, que pertencia à Casa dos Habsburg
[2].
Como vimos, a bela cidade de São Leopoldo no Rio Grande do Sul recebeu seu nome em homenagem à Imperatriz Leopoldina.
Quando os imigrantes alemães chegaram à região, as melhores terras já estavam ocupadas pela população local, cabendo aos recém-chegados, as terras mais distantes, cobertas de florestas virgens, situadas no vale do Rio dos Sinos. É neste local que vai se passar o drama dos muckers. A língua utilizada na região era o Plattdeutsch ou baixo-alemão e o dialeto da Província de Hunsrück.
Da população imigrante houveram aqueles que prosperaram e outros que se dirigiram à comunidades mais distantes como a do Ferrabrás, às margens do Rio dos Sinos, para se dedicar à agricultura. Lá as condições de vida eram extremamente difíceis.
Na prática os colonos foram abandonados a sua própria sorte, num território inóspito que lhes cabia desbravar.
Neste contexto, como veio a ocorrer mais tarde em Canudos e no Contestado, surgiu um movimento messiânico.
Nossa história começa em meados de 1868 quando João Jorge Maurer e sua esposa Jacobina Maurer (nascida Mentz), filhos de imigrantes, vão para aquela região. No início João Maurer, carpinteiro de profissão, começa a curar as pessoas com plantas medicinais, ganhando popularidade e acabando por ganhar a alcunha de Wunderdocktor (algo como médico prodigioso). Jacobina a este tempo aprende a ler e passa a interpretar passagens bíblicas para os pacientes do marido. Ela passará de coadjuvante para personagem principal dos acontecimentos. Aos poucos, as pessoas que afluíam ao Ferrabrás o faziam por causa de Jacobina que lhes prometia a salvação. Jacobina ao proibir seus adeptos de frequentar missas e cultos entrou em conflito com as religiões católica e protestante. Surge aí a denominação de mucker (beato falso) dado por seus opositores que por sua vez foram apelidados de Spotters (debochados) pelos muckers.
Surgem diversos conflitos, a Polícia é chamada a intervir, Jacobina e João Maurer são presos, ela vai parar num hospital, ele numa prisão. Após serem considerados inofensivos são libertados. Isto aumenta a confiança de seus adeptos. Prosseguem as reuniões no Ferrabrás e Jacobina intitula-se o “novo Cristo” nomeando apóstolos.
Pessoas que abandonam os ensinamentos de Jacobina aparecem mortas, ela é presa e os muckers passam a assassinar os adversários, não poupando nem as crianças. A Polícia acaba por pedir ajuda ao Exército Imperial, recém-chegado da Guerra do Paraguai.
Mesmo com a experiência advinda da Guerra do Paraguai, fato que virá a se repetir nos dois outros conflitos futuros (Canudos e Contestato), o Exército subestimou seus adversários. O primeiro confronto com os “fanáticos” em 28 de junho de 1874 foi desastroso, perdendo o Exército 39 soldados contra 6 dos murkers.Em 18 de julho houve outra ofensiva que provocou a morte de vários adeptos e a fuga de Jacobina. Nesta ocasião o Coronel Genuino Sampaio é ferido na “perna” o que vem a lhe causar a morte em consequência de “hemorragia”.
Em 2 de agosto de 1874 Jacobina é descoberta e morta, juntamente com seus adeptos. Houveram sobreviventes que foram perseguidos tanto pela Justiça como pelo restante da população.
Existem vários livros sobre o tema entre eles podemos citar Videiras de Cristal de autoria do romancista Luiz Antonio de Assis Brasil publicado em 1990. Temos também o filme “A paixão de Jacobina” de Fábio Barreto inspirado neste mesmo livro.
O livro Os Muckers - episódio histórico extraído da vida contemporânea nas colônias alemãs do Rio Grande do Sul do Padre Ambrósio Schupp pode ser encontrado na Biblioteca on line do Senado (clique no t
ítulo).


© 2009 Marcio Rovere Sandoval

[1] « SCHUPP, Ambros. Die Mucker: Eine Erzählung aus dem Leben der Deutschen Kolonieen Brasiliens in der Gegenwart. Bonifacius-Druckerei, 1900.
[2] Casa Imperial Austríaca (1438-1918). A grafia mais usual em português é Habsburgos, temos também Habsbourgs (inglês e francês), neste caso optamos pela grafia alemã.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

HISTÓRIA - AS TAMBOLADEIRAS - BELMONTE





“AS TAMBOLADEIRAS” POR BELMONTE

Já tivemos a oportunidade de transcrever nesta página um dos textos do caricaturista Belmonte (Benedito Bastos Barreto – 1896 a 1947), intitulado “A Cama do Gonçalo”, constante no livro “No tempo dos Bandeirantes”. Nesta mesma obra temos outro texto que desperta a curiosidade, denominado “As Tamboladeiras”. O fato é que o autor em suas pesquisas nos testamentos e inventários seiscentistas notava continuamente a existência destes objetos. Belmonte se demanda o que vem a ser este estranho objeto que muitos possuíam e que sequer constava nos dicionários? Vamos conferir:





Como, nesta edição, se responde a uma pergunta que ficara de pé em edição anterior - A "tumbler" inglesa, a "tummler" germânica e um verbo muito conjugado - Um problema iconogrÁfico e etimolÓgico que se resolve.

Há, na História de todos os povos, episódios tão nublados de mistério que, mesmo enfrentados por pesquisadores pacientíssimos e eruditos, continuam cada vez mais nebulosos e, por isso mesmo, cada vez mais fascinantes.
A História do Brasil ainda insuficientemente estudada, com arquivos abarrotados de documentação inédita, está inçada de dubiedades e contradições, de legendas e fantasias que só têm servido, em não poucos casos, para intrigar os principiantes e atordoar os eruditos. Quanto à História de São Paulo - todos nós sabemos que a História de São Paulo constitui, pelo menos, a metade da História do Brasil - as falhas, as dubiedades e os erros são de tal monta que só a paciência dos pesquisadores poderá corrigir com o correr dos tempos, à medida que se fôr estudando e recompondo o vasto acervo documental inédito existente nos arquivos.
Mas, é evidente que a História não se faz apenas com episódios. Estes se desenrolam num meio social e geográfico cujo conhecimento exato os justifica pois, se é verdade que "o homem é um produto do meio em que vive", esse homem não pode ser compreendido sem que esse meio seja conhecido. Ou, em linguagem menos confusa: uma grande peça teatral seria apenas uma desolante estopada, se os atores se movessem num palco sem cenários, nem mobiliário.
Quando foi publicada a primeira edição deste livro, deixei sem solução um pequeno mistério que vinha intrigando, não só os historiadores, mas até mesmo os filólogos e lexicógrafos. O caso, evidentemente, não tinha importância de tal ordem que conseguisse abalar os alicerces da História. Mas era desses que, aparentemente destituídos de maior importância, constituem desafio atrevido aos historiadores e aos filólogos, com grave desprestígio para uns e outros.
Foi assim que, na primeira edição deste trabalho, estudando a casa do bandeirante, o seu mobiliário e os utensílios domésticos do seu uso, fiz uma referência às tamboladeiras - utensílios de prata largamente usados nos lares de Piratininga e encontradiços em grande cópia de inventários e testamentos. Essa referência, conservo-a integralmente nesta edição e o leitor, se passou por ela, há de ter notado que, a exemplo de Alcântara Machado [1], lancei uma aflitiva interrogação: que é Tamboladeira?
Ninguém o sabia. Ou, melhor: Cândido de Figueiredo e Aulete pretendiam sabê-lo, pois, serenamente, nos seus grandes léxicos, informavam - mas informavam errando, pois não é possível aceitar a esquisita definição com que ambos pretendem ilustrar-nos.
E os dicionaristas mais remotos, Bluteau, Viterbo, Frei Domingos e Morais, prudentemente se fecham em copas, não nos dando da Tamboladeira a mais vaga, a mais longínqua idéia, como se o malsinado utensílio nunca houvesse existido, nem essa esquisita palavra houvesse jamais sido pronunciada.
Publicado o livro, o "caso da tamboladeira" aguçou a curiosidade de não poucos espíritos que, como o meu, não queriam conformar-se com o fato de saber que os bandeirantes faziam largo uso de um utensílio que nós, homens decididos do "século da Luz", continuávamos a deixar na treva... Mas, como?
Seria fácil, então, nos conformarmos com o mistério, numa época em que até as assombrações deixaram de ser misteriosas? E como deixar sem identificação iconográfica e etimológica um utensílio tão largamente usado pelos bandeirantes?
O "caso" era fascinante e eu me afundei resolutamente nele, enquanto de vários lugares me chegavam cartas com idéias, sugestões, alvitres, pseudo-soluções que, na sua maioria, não passavam de tímidos "palpites", reveladores apenas de um admirável interesse pelo problema. O qual, apesar de tudo, continuava cada vez mais misterioso, como nova Esfinge na estrada de Tebas.
Felizmente, ninguém foi devorado.
Um dia, porém, o antiquário Almeida Santos que, fascinado pelo caso, também se emaranhava no cipoal das pesquisas, afirma-me que a vasilha quatrocentista inglesa chamada tumbler deveria ter alguma relação com o nosso problema.
Tinha. Pelo menos, tinha a semelhança prosódica, pois a sua pronúncia, "tâmblar", surgia, logo de início, como um argumento de força irresistível a fazer do seu indisfarçável parentesco com a tamboladeira ou a tambladeira. E mais: a tumbler era, como se sabe, uma vasilha usada pelos bebedores de vinho e caracterizava-se pelo fato de não ter pés. Quem bebia por ela era forçado a esvaziá-la toda para, só então, a pousar sobre a mesa, pois se assim não fosse feito, a vasilha não poderia ter eqüilíbrio e entornaria o líquido.
Ora, isso veio logo ao encontro do que eu andava desconfiado com o verbo espanhol "tambalear". Se a "tumbler" não pára em pé, por ter o fundo cônico ou arredondado, e se o verbo "tamblear" quer dizer "cambalear, mover-se de um lado para outro procurando eqüilíbrio", é evidente que a tamboladeira é exatamente uma tambaleadera, isto é, uma coisa que cambaleia.
E isto se afirma com maior solidez sabendo-se que to tumble, em inglês, significa tombar e que a tumbler, posta sobre a mesa, deseqüilibra-se, cambaleia e cai. Daí a razão de ser a tamboladeira posta sobre a mesa com a boca para baixo. Uma vez cheia de vinho, o bebedor era obrigado a esvaziá-la inteiramente, se não quisesse ficar com ela na mão o dia todo...
Ora, apesar de ser uma vasilha de tão largo uso na Europa, desde o século XII, não são muitas as referências que se encontram a respeito da tamboladeira, sendo ainda curioso observar que este nome não era comum na península ibérica. No seu belo livro "The Collecting of Antiques" [2], Ester Singleton, à pág. 119, faz-lhe apenas uma rápida alusão: "Beside these pieces there would be great flagons, standing-cups, mugs, tumblers, and enormous candlesticks". E as mesmas ligeiras referências se encontram em "English Plate Marks", de W. J. Cripps, e "Silversmith's Work" de Hungerford Pollen.
Todavia, a Enciclopédia Britanica, mais explícita, entra em detalhes, afirmando que a tumbler é "a plain cup or bowl widely expanded at the mouth and with a runded base, so that it could only be set down when empty" - (... com um fundo arredondado, só podendo ser assentada quando vazia).
E, indo mais a fundo nesse caso, voltei com mais uma achega, descobrindo na prataria alemã dos séculos XIV, XV e XVI, a ancestral saxônia da tamboladeira na tummler e na handtummler, que F. S. Meyer descreve como "certos vasos sem pé, que cambaleiam quando colocados na mesa e que devem ser esvaziados previamente para pô-los direitos". E afirma ainda o escritor alemão que tummler vem do velho taumeln (cambalear), embora, mais etimologicamente, se possa radicar aquele substantivo ao verbo tummler (rodopiar, caracolar).
É indiscutível, como se vê, a origem da tamboladeira na sua ancestral britânica tumbler ou na germânica tummler, ambas coincidindo perfeitamente com o verbo espanhol tambalear.
A handtummler alemã é, como o próprio nome o indica, a tamboladeira com um cabo, ou um pé, o que lhe dá um aspecto de sineta. E é desse tipo, com certeza, a "tamboladeira com seu pé" que se encontra no inventário do capitão Bento Pires Ribeiro, falecido em São Paulo em 1669. E não deixa de ser curioso assinalar que, assim como alhures havia tamboladeiras de cristal com pé de prata, em São Paulo se criou um novo tipo com... coco. É, pelo menos o que aparece no rol de avaliações dos bens deixados pelo cunhado de Fernão Dias: "um coco aberto ao buril com o bocal de prata e seu pé..."
Ainda nos inventários paulistas do seiscentismo vamos encontrar outros tipos de tamboladeiras, como aquela "de gomos" que outra não será senão da espécie a que se refere a Enciclopédia Britânica, em forma de laranja: ... and a more usual type has orange-shaped body...
As tamboladeiras com asa, de que se encontram alguns exemplares nos inventários seiscentistas, nada mais são do que variantes dos vasos gregos, principalmente dos chamados "vasos de Nicostenes" que, com os "diolas" à frente, se espalharam por todo o mundo.








Vaso grego em forma de "Kalatho"


Concluindo: creio não haver mais sombra de dúvida sobre a identificação da tamboladeira do bandeirante, não só a respeito da sua iconografia como também da sua etimologia. Não parecia correto que historiadores, arqueólogos, mestres em pesquisas e professores de português, interrogados sobre o significado da desnorteante palavra, se limitassem a franzir a testa e ficar pensando.
Podemos dizer hoje, creio que com absoluta certeza, que tamboladeira era um copo de beber vinho, sem pés (ou com pé em ponta, servindo de cabo) e que, com a base em cone ou arredondada, como uma cuia, cambaleava e caía quando vazio. Era colocado sobre uma salva ou um prato, com a boca para baixo (do inglês "tumbler" e do espanhol "tambalear"). (N.E.: não só quando vazio, mas também quando cheio, desde que fosse largado pelo seu usuário...)


Tamboladeira alemã de cristal (handtummler)existente no "Bayrisches Gewerbe-Museum" de Nürenberg


[1] "Vida e Morte do Bandeirante".
[2] The Macmillan Company, 1937, New York.

Obs.: O Livro “No tempo dos Bandeirantes” de Belmonte pode ser encontrado na íntegra (inclusive com as demais imagens do livro) no site Novo Milenio.